Primeiro, foram os Trabalhos Iniciais. A CCR MSvia assumiu a BR-163/MS em 11 de abril de 2014, com o compromisso de realizar serviços e obras para a recuperar a rodovia. Em 12 meses e por meio de 17 frentes de atuação que envolveram aproximadamente 200 trabalhadores, a rodovia ganhou condições de segurança e fluidez depois dos investimentos em recuperação da pavimentação, capina e roçada, reparos e limpeza dos sistemas de drenagem, recuperação de defensas metálicas e limpeza geral.
Foram quase 7 mil quilômetros de ciclos de capina e roçada (quase oito vezes a extensão da rodovia) e mais de 400 quilômetros de pavimento recuperado, com cerca de 275 mil toneladas de massa asfáltica. Foram implantados mais de 4 mil m² de sinalização vertical (placas) e cerca de 255 mil m² de sinalização horizontal (faixas, tachas refletivas e balizadores). A empresa implantou 330 quilômetros de cercas e 11 quilômetros de defensas metálicas (guard rails). Ao mesmo tempo, foram limpos e desobstruídos aproximadamente 1.300 quilômetros de drenagens, incluindo 337 bueiros. Outros 115 quilômetros tiveram meios-fios e canaletas revitalizados. Quinze pontos de erosão também foram corrigidos com serviços de terraplenagem.
Surge o SAU
Em outubro de 2014, teve início a operação do SAU – Serviço de Atendimento ao Usuário, um sistema de operação inédito em Mato Grosso do Sul. Trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana, o SAU disponibilizou aos usuários da BR-163/MS 17 Bases Operacionais com uma equipe de cerca de 500 colaboradores, entre eles 259 profissionais especializados em Atendimento Pré-hospitalar, entre eles 35 médicos em plantões 24 horas.
Esses colaboradores estão apoiados por cerca de 80 viaturas, entre elas 12 ambulâncias-resgate, 05 unidades móveis de terapia intensiva, 04 VIRs (Viaturas Médicas de Intervenção Rápida), 08 guinchos pesados, 17 guinchos leves, 19 inspeções de tráfego e 11 caminhões de serviço. Em menos de 10 meses de operação, esse serviço alcançou a marca dos 100 mil atendimentos, o que representa uma média de 360 atendimentos ao dia.
O sistema está apoiado em uma rede de radiocomunicação cuja espinha dorsal é um conjunto de 30 torres de rádio, além de monitoramento do tráfego por meio de 56 unidades do Sistema Analisador de Tráfego, 210 quilômetros de fibras óticas nessa primeira fase, 17 Painéis Fixos de Mensagens Variáveis e 18 Painéis Móveis de Mensagens Variáveis. Até 2016, o sistema contará com a cobertura de todo o trecho com fibras óticas e o monitoramento total da rodovia com 505 câmeras em circuito fechado de TV.
Entre as ocorrências mais comuns estão a retirada de resíduos da pista (29 mil objetos) e serviços de socorro mecânico (25 mil casos). Essa ação da Concessionária, aliada a Campanhas Educativas e à parceria com a Polícia Rodoviária Federal, permitiu a redução em 48% no número de óbitos de janeiro a julho de 2015 em comparação com igual período no ano passado.
Duplicação
Iniciada em julho de 2014, a duplicação inicial da rodovia superou os 90 quilômetros de extensão e terá sua primeira etapa de obras entregue em meados de agosto, ao lado das nove praças de cobrança de tarifa. Essas obras exigiram empenho redobrado das 16 construtoras contratadas. Quase 1.400 trabalhadores participaram diretamente na conclusão desta etapa, sendo cerca de 50 engenheiros, entre lideranças das empresas construtoras e colaboradores da CCR MSVia.
Para a realização dessas obras, foram necessários 3,3 milhões de m³ de movimentação de terra, sendo 1,9 milhão de m³ em cortes e 823 mil m³ em aterros. Na construção dos postos de cobrança, foram necessários 779 mil m³ de terraplenagem. Ao todo, foram utilizados nas duplicações 265 caminhões-basculantes, 40 escavadeiras, 121 compactadores e 37 motoniveladoras.
Cobrança pelos serviços prestados
Vencidas essas etapas estabelecidas pelo contrato de concessão, a CCR MSVia está habilitada a iniciar a cobrança pelos serviços prestados, 15 meses depois de iniciar suas atividades, tendo injetado cerca de R$ 700 milhões em obras, serviços, equipamentos e mão de obra.
Serão nove postos de cobrança. Cerca de 240 colaboradores serão contratados e treinados nos núcleos de aprendizagem instalados pela empresa em Rio Verde, Campo Grande e Naviraí.
Em relação ao valor cobrado, a CCR MSVia aguarda a definição pelo Poder Concedente. Os valores serão reajustados, conforme previsto em contrato, pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e sofrerão ajustes em função de mudanças nas condições do contrato, a exemplo da lei dos Caminhoneiros, que isenta a cobrança dos eixos suspensos dos veículos.
A partir da publicação da liberação no Diário Oficial da União, a CCR MSVia realizará 10 dias de operação assistida, quando os usuários passarão pelas pistas de cobrança, parando nas cabines sem pagar, de maneira a acostumarem com o processo. Durante o período, serão entregues folhetos informativos, além da afixação de faixas e divulgação nas mídias.