Centro Cultural recebe a Exposição Itinerante do Patrimônio Imaterial Mato-Grossense da UFMT

Vestido e Viola em exposição – Foto: Divulgação

Vestido e Viola em exposição – Foto: Divulgação

Campo Grande (MS) – A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e com apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), por meio da Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (SECTEI), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do Estado de Mato Grosso (SECEL), inauguram na próxima terça-feira (22), às 19 horas, na galeria Wega Nery do Centro Cultural José Octávio a “Exposição Itinerante do Patrimônio Imaterial Mato-Grossense” (EXPOIMAT), como parte das comemorações dos 45 anos da UFMT e intercâmbio entre as universidades do Centro-Oeste.

Arte em Cerâmica – Foto: Divulgação

Arte em Cerâmica – Foto: Divulgação

A EXPOIMAT é um Projeto de Extensão AF-Ação Afirmativa da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (PROCEV-CODEX). O acervo, apoio técnico e curadoria é do Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia da UFMT e a coordenação executiva nesta edição de 2015 é do Departamento de História/ETRÚRIA-Laboratório de Estudos da Memória, Patrimônio e Ensino de História-UFMT.

A exposição proporciona ao público a oportunidade de observar uma amostra dos principais bens culturais de Mato Grosso, representativos da diversidade cultural regional, materializados nos registros fotográficos e cultura material de comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas.  Vale destacar um peculiar patrimônio imaterial comum dos estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso: o Oficio da Viola de Cocho e as Formas de Expressão a ela associadas, – o Siriri e Cururu, – Registrados como Patrimônio Cultural do Brasil no Livro dos Saberes pelo IPHAN em 2005.

Foto: Divulgação

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Outro destaque são as bonecas de cerâmica Ritxókò – saber das mulheres karajá também já registrado como patrimônio cultural do Brasil, além da rede de dormir: Kurâ-Bakairi, os cestos Nhambikuara e outros expressivas celebrações e formas de expressão.

Os visitantes poderão conhecer peças raras indígenas, e o destaque nesta nova montagem, é o Paríko da etnia Bororo, que possui um grande significado cultural para o povo bororo. Vale ressaltar o Ritual Yaokwa dos Enawene-Nawe, registrado como Patrimônio do Brasil em 2010.

Estão em evidência significativos bens expressivos das comunidades tradicionais ribeirinhas pantaneiras como de São Gonçalo Beira Rio e Limpo Grande; e ainda de grupos quilombolas como de Vila Bela da Santíssima Trindade que tem na Festança um exemplar admirável da cultura afro-mato-grossense. Apresenta assim um conjunto de imagens representativas das expressões culturais imateriais (saberes, danças, rituais, celebrações, lugares), a partir das lentes de dois importantes fotógrafos de Mato Grosso: Mário Friedlander e Laércio Miranda.

Thereza Martha Presotti – Foto: Divulgação

Thereza Martha Presotti – Foto: Divulgação

A EXPOIMAT foi montada a partir do inventário do patrimônio imaterial com o apoio do IPHAN e teve sua primeira edição em 2011 no Museu de Arte e de Cultura Popular da UFMT (MACP). Desde então, tem circulado por diversos lugares, dentre eles: Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres e Vila Bela e Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Corumbá (MS) e Brasília (DF).

A professora doutora Thereza Martha Presotti (Coordenadora e uma das Curadoras da EXPOIMAT) do Departamento de História/ETRURIA da UFMT, conta com apoio de 04 bolsistas discentes do ICHS: o afro-descendente Alexandre Arruda Peixoto, os indígenas Eric Kamikiawa Kura Bakairi e José Antonio Parava Chiquitano e Natalia Ramires, cuiabana de origem pantaneira. Além da montagem da exposição este evento oferecerá gratuitamente em meados de outubro no período noturno para pessoas interessadas um Curso de Extensão no tema da Diversidade Cultural de MT e metodologias de Educação Patrimonial, subsidiando a aplicação da Lei 11.645 que indica que se ensine a história e cultura indígena e afro-brasileira.

A exposição permanece até 18 de outubro e grupos e escolas interessadas em agendar visitas mediadas podem entrar em contato pelo e-mail: expoimat@gmail.com. Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na rua 26 de Agosto, 453 ou pelo telefone 3317-1795.

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