É de interesse da toda a população se proteger da inflação no brasil: afinal, quando a inflação sobe, nossa moeda se desvaloriza, os produtos ficam mais caros, a importação aumenta e, em geral, perdemos o nosso poder de compra (além, claro, da nossa qualidade de vida).
Nos últimos tempos, com a crise causada pelo novo coronavírus e a instabilidade política que passamos no interior do país, a inflação já começou a dar as caras: isso explica porque agora temos uma nota de duzentos reais, por exemplo, e porque a cesta básica aumentou tanto de preço.
A seguir, falaremos um pouco mais sobre os alimentos que ficaram mais caros nos últimos tempos. Se você gostaria de saber mais, leia o material que preparamos a seguir.
Cesta básica: quais alimentos estão caros?
De acordo com material publicado no G1, as mudanças de consumo na pandemia, assim como o valor do dólar, têm alterado o cardápio do brasileiro. Além disso, temos um agravante interno: o aumento no número de desempregados e a diminuição da renda do brasileiro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 9 de setembro, que a inflação atingiu 0,24% no Brasil. O Índice de Preços para o Consumidor Amplo, o IPCA, subiu 2,44% em 12 meses, enquanto a inflação dos alimentos subiu significativos 8,83% no mesmo período.
Vale dizer que a maioria dos produtos está mais caro; realmente não é impressão. Entre eles, no entanto, existem dois que estão assustadoramente mais caros: o arroz, que teve aumento de 19,2% em doze meses, e o óleo de soja, que subiu 18,6% no mesmo período.
Outro produto que chama atenção é o feijão: dependendo do tipo e da região, a inflação já passa dos 30%. No Rio de Janeiro, onde o feijão preto é consumido por boa parte da população, a alta é de 28,92% ao ano. O feijão carioca, sucesso entre os paulistanos, teve aumento de 12,12%.
Carne bovina
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) afirmou que o preço da carne bovina de primeira foi maior em relação a agosto em dezesseis cidades do país. As taxas variaram: em Brasília, o aumento foi de 0,66%; em Florianópolis, de 14,88%.
A única capital que obteve vantagens foi Porto Alegre, que teve diminuição de 0,49% no preço da carne bovina.
Açúcar
O preço do açúcar subiu em quinze capitais. As taxas maiores foram observadas em Salvador (8,19%) e Brasília (8,06%). O aumento está relacionado à alteração no ritmo das exportações do açúcar e a demanda da cana, utilizada produzir combustíveis.
Leite integral
O leite integral teve alta em quatorze cidades do país. Houve variação de 1,10% em Belém e de 10,99% em João Pessoa.
O aumento do valor está relacionado ao aumento da concorrência entre as empresas produtoras de derivados, que buscam leite do campo para fazer os seus produtos. A elevação do custo de insumos como a soja, assim como a estiagem, também têm relação com o problema.
Tomate
O preço do quilo do tomate subiu em quatorze capitais brasileiras. Os maiores aumentos foram registrados em Salvador (32,12%) e Porto Alegre (29,11%).
A alta no valor do tomate está relacionada à menor disponibilidade do alimento.
Os preços da cesta básica em todo o país
O Dieese, como já comentamos, promoveu uma pesquisa sobre os valores da Cesta Básica em setembro. O resultado apontou altas nos preços dos conjuntos de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta, em todas as capitais pesquisadas.
As maiores altas foram observadas em Florianópolis (9,8%), Salvador (9,7%) e Aracaju (7,13%).
Em São Paulo, o valor da cesta ficou em R$563,35, ou seja, aumento de 4,33% em comparação ao mês em agosto. Em 2020, o preço do conjunto de alimentos subiu 11,22%; nos últimos doze meses, por fim, o aumento foi de 18,89%.
A cesta mais cara de setembro foi a de Florianópolis, que custou R$582,40. Para fazer jus ao preço cobrado pela cesta básica, o salário mínimo necessário deveria ter sido de R$4.892,75, cerca de 4,6 vezes o salário mínimo vigente.