De hoje até quarta-feira acontece o Pint of Science, festival internacional de divulgação científica realizado pela primeira vez em Campo Grande. Diversos pesquisadores estarão reunidos em bares para conversar sobre Biodiversidade, Internet das Coisas e Superbactérias, esclarecendo dúvidas e apresentando as últimas descobertas sobre estes e outros assuntos, sempre de um jeito descontraído.
Professor da Uniderp e doutor em Ecologia, o biólogo José Sabino promete despertar a curiosidade sobre universo animal com o tema Sexo, drogas e diversão entre a fauna do Pantanal, uma denominação divertida para mostrar como a evolução molda o comportamento em várias espécies. “Como os animais interagem e podem ser provedores de substâncias que vão gerar medicamento e como essa fauna gera ativos para o desenvolvimento econômico e social, o que nós chamamos de serviços ecossistêmicos prestados pela biodiversidade”, complementou.
O encontro será na quarta-feira, 16 de maio, às 19h30, no Saideira Classic Bar, localizado na rua Dom Aquino, 2331, Centro. Para conferir a programação completa, acesse: http://pintofscience.com.br/events/campogrande.
Pint of Science
Criado na Inglaterra, em 2012, o Pint of Science chegou ao Brasil em 2015, por meio da jornalista Denise Casatti, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC-USP). O sucesso da primeira edição motivou a replicação do evento no ano seguinte em outras cidades, entre elas, Dourados. Em 2017, 22 municípios participaram e, em 2018, 56 aderiram à iniciativa.
A cada encontro anual, novos cientistas participam, mas o que permanece, segundo a organização do festival, é o voluntariado de coordenadores e cientistas fiéis à ideia de que o que importa é compartilhar e debater o conhecimento de forma espontânea. Os bares e restaurantes que sediam as edições do Pint of Science também não cobram entrada e o público paga apenas o que consumir.
O pesquisador
Docente nos programas de mestrado e doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Uniderp, José Sabino possui reconhecimento internacional pelo Projeto Peixes de Bonito, em que desenvolve pesquisa sobre ecologia e comportamento de peixes.
Trabalhando na interface entre ecologia, comportamento animal e ecoturismo, mantém seu foco em programas de uso e conservação da biodiversidade e, atualmente, representa Mato Grosso do Sul na Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos – BPBES, órgão ligado à Plataforma Intergovernamental sobre Serviços de Ecossistemas e da Biodiversidade (IPBES). O IPBES foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para enfrentar a perda acelerada da biodiversidade mundial e a degradação dos ecossistemas, fazendo a ponte entre a ciência e quem toma as decisões políticas e do setor produtivo.