Cimi é acusado por incitar e financiar invasões de propriedades rurais

O Conselho Indigenista Missionário – CIMI – foi acusado por quatro dos cinco depoentes na CPI do Cimi na última terça-feira, dia 27, por promover e financiar invasões de propriedades rurais em Mato Grosso do Sul. Três eram indígenas e apontaram nominalmente alguns representantes da entidade, investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito. Esses depoimentos ocorreram em sigilo, uma vez que os índios apontaram que sofreram ameaças.

Um dos ouvidos informou aos deputados estaduais que alguns indígenas recebem recursos financeiros para comprar tanto comida quanto armas para executar invasões de propriedades privadas.

O terena Dionedson Cândido, da aldeia Bananal, em Aquidauana, foi o primeiro a depor e apresentou o vídeo feito na reintegração de posse da Fazenda Buriti, em Sidrolândia, em maio de 2013. Questionado pelo deputado Paulo Corrêa (PR) sobre os motivos de estar no local, afirmou que foi convidado a fazer imagens pois os indígenas estavam preocupados com a “truculência”.

Ele garantiu que o Cimi não financia invasões e que a presença de representantes no dia da reintegração de posse da Fazenda Buriti foi para participar de uma reunião promovida pelos índios. Além de pessoas ligadas ao Conselho Indigenista Missionário e indígenas de outras etnias, também estavam presentes representantes da Comissão de Direitos Humanos, da Federação dos Trabalhadores em Educação do estado (Fetems), políticos e jornalistas.

O delegado da Polícia Federal, da chefia de Ponta Porã, Alcídio de Souza Araújo, que apareceu nas filmagens feitas pelo terena Dionedson Cândido, foi o último a depor. No caso da reintegração da fazenda Buriti em Sidrolândia, ele informou que um acordo para uma saída pacífica foi organizado com os índios, dias antes. “O Cimi foi um dos componentes para que na data combinada, os índios não cumprissem o acordo”.

O delegado ainda apontou que a apreensão que fez dos equipamentos do suposto jornalista do Conselho Indigenista Missionário no dia da reintegração da propriedade Buriti foi importante para comprovar a incitação para as invasões das fazendas. Entre os arquivos encontrados estavam o “Manual dos Anarquistas”, com mais de 360 páginas, que ensina a falsificar cartões de crédito e fabricar bombas.

Fonte: Sato Comunicação

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