A Suzuki acabou de liberar mais informações sobre o novo Jimny, lançado nesta semana no Japão. Alguns dos dados já haviam sido antecipados em vazamentos, porém, muitos detalhes ainda eram segredos, entre eles o próprio motor do novo jipinho. Saiba em cinco pontos o que mudou no novo Jimny, que começará a ser vendido no Brasil em 2019 e conviverá por um tempo com o modelo fabricado no país.
1) Ele tem motor maior e ficou mais potente
O novo Jimny tem motor 1.5 de 102 cv e 13,2 kgfm a 4.000 rpm, bem mais forte do que o atual propulsor 1.3 de 85 cv e 11,2 kgfm. Ou seja, mais forte até que as expectativas, uma vez que o carro poderia vir com o motor 1.2 DualJet. Será perfeito para abrir uma distância entre a nova geração e o modelo atual em mercados onde eles vão conviver por um tempo, exemplo do brasileiro. A despeito do incremento no rendimento, o lance do Suzuki ainda será utilizar a força para vencer obstáculos. A velocidade máxima não importa tanto e o carro atinge apenas 145 km/h.
2) Há opção de câmbio automático e itens sofisticados
Embora seja algo esperado em outros mercados, um Jimny com câmbio automático é algo inédito para os brasileiros. O modelo contará com uma caixa de quatro marchas, um pouco antiquada para um modelo lançado em 2018. Equipado com a transmissão, o Jimny anda um pouco menos do que a configuração com câmbio manual de cinco marchas e a velocidade máxima é de 140 km/h. Ele continua a ser bem econômico. De acordo com a Suzuki, o modelo manual faz 14,7 km/l de gasolina em média.
Sem perder o jeito funcional, o jipinho soube ficar mais civilizado para o dia a dia. Entre os novos itens, a central multimídia de sete polegadas domina o painel. O volante agora é multifuncional e traz os comandos do controle de cruzeiro. O ar-condicionado adota controle eletrônico nas versões mais caras.
3) O Suzuki está até menor
A grande graça do Jimny é justamente o tamanho reduzido. Isso não mudou na nova geração. O Jimny agora possui 3,64 metros de comprimento com o estepe (3,48 m sem ele) e chega a ser três centímetros menor do que o atual. O entre-eixos permaneceu em 2,25 metros, perfeito para não encalhar em obstáculos.
Claro que o espaço interno continua limitado a quatro passageiros. Segundo a Suzuki, o volume para bagagens evoluiu e passou a ser de 377 litros com os bancos traseiros rebatidos, bons 53 litros a mais que o antecessor. No entanto, o volume com todos os bancos no lugar continua a ser mínimo: são 85 litros.
4) A garra no off road é a mesma
Para dar maior robustez no Off-Road, a suspensão continua a ser por eixo rígido nas duas pontas (com molas helicoidais). Parece um atraso, mas ter rodas conectadas é algo bom nas trilhas, pois quando o pneu de uma lado é pressionado para cima, o outro acaba sendo articulado para baixo e tem chances de dar melhor tração. O conforto de rodagem no asfalto deve ser maior graças ao amortecedor de direção e o diâmetro de giro continua a ser reduzido (9,8 metros).
Em nome do mesmo objetivo, a construção manteve a cabine sobre chassi. A estrutura do chassi tornou-se mais reforçada e ganhou novas longarinas para ampliar a rigidez. O sistema 4X4 é igualmente tradicional e adota o acionamento por elevanca. Em situações normais, a força é enviada normalmente para a traseira e há opção de marcha reduzida.
A distância do assoalho ao solo é de 21 centímetros. Somado a isso, os ângulos fora de estrada são bem avançados. O ângulo de entrada continuou a ser de 37 graus, o de rampa é de 28 graus e o de saída alcança 49 graus (três graus a mais). Junto ao entre-eixos curto, tais medidas serão capazes de dar a mesma agilidade nas trilhas assegurada pelo modelo atual.
A eletrônica também passou a dar uma mão no Off-Road, algo impensável no Jimny atual. Há controle de velocidade em descida (Hill Descent Control), capaz de manter a velocidade baixa mesmo em ribanceiras. Além do HDC, o modelo também recebeu o assistente de partida em rampa (Hill Hold Control).
5) A segurança foi um dos pontos de maior evolução
Foram 20 anos entre o novo Jimny e o lançamento do antigo. Muita coisa mudou na indústria automotiva de 1998 para cá, que o diga a segurança automotiva. Ele ficou bem mais seguro graças a adição de itens como controle de tração e de estabilidade e seis airbags – olha que o atual foi nacionalizado sem sequer ABS ou airbags. O novo Jimny pode não ter investido em controles adaptativos e itens de condução semiautônoma, mas talvez fosse demais para a sua proposta. Confira o novo modelo no vídeo de divulgação abaixo.