O chamado coliving – forma de habitação que combina espaços privados a cômodos compartilhados, com o objetivo explícito de promover contatos sociais e construir comunidades, dita os rumos do morar em 2018 e é uma das grandes tendências apresentadas na 32ª edição da CASACOR SP.
De acordo com o instituto Euromonitor esse estilo de vida é uma das principais forças que moldam o consumo global este ano e, segundo o relatório Top 10 Global Consumer Trends for 2018, o coliving marcará presença em cidades densas e altamente tecnológicas.
Com isso em mente, profissionais da CASACOR SP criaram ambientes com foco em conviver, interagir e compartilhar. Logo na entrada da mostra, o visitante se deparada com a Calçada de Todas as Cores. Mais do que uma simples passagem, a calçada da CASACOR SP convida o visitante para um momento de vivência e convivência.
A arquibancada foi construída com pinus autoclavado e tem assentos de variadas alturas, profundidades e ângulos, que criam diferentes situações, possibilidades e vistas. Ao aumentar em altura, ela vai virando uma cobertura multifacetada. A calçada não existiria se não fosse, é claro, o piso. Nela, foi inserida um modelo drenante, que contribui para a absorção da água da chuva pelo solo, além de ser esteticamente bonito.O primeiro ambiente da CASACOR, criado pela Lao Design e Zoom Arquitetura, possui 400 m² e transforma a calçada em um espaço de ocupação e permanência, com áreas de estar acolhedoras, intervenções artísticas e jardins. os visitantes podem usufruir do mobiliário da linha Pau e Pedra, produzida e assinada pela parceria dos escritórios. O mobiliário urbano é a transição entre a leveza da natureza e a materialidade da cidade, com linhas retas e limpas, o concreto ganha vida em cadeira, banco, espreguiçadeira entre outros objetos, ao ser posicionado de diversas maneiras com ripas de madeira de manejo.
O piso também é responsável por boa parte da acessibilidade. Isso é garantido através de um revestimento sem desníveis ou irregularidades – para pessoas com limitações de locomoção, cadeiras de rodas, carrinhos de bebê etc – e também através da sinalização e mapa tátil, que orienta as pessoas com deficiência visual.
Além desta sinalização, é disponibilizado um mapa visual com informações do entorno, transporte público, pontos de interesse próximos e distâncias.
Fernando Brandão e Camila Bevilacqua criaram o Templo do Co-Working, um espaço em forma de nave de igreja abrigando unidades de trabalho para até 25 profissionais. Os 140 m² combinam cantinhos introspectivos a áreas onde os profissionais podem ver, ser vistos e, quem sabe, criar novos negócios.
Com estrutura para reuniões, encontros e wi-fi gratuito, o ambiente é um ponto de encontro para os visitantes. Aqui, uma visão da sala coletiva com a grande mesa, que recebe luz natural através do telhado escultural. O tom terracota vem para aquecer ainda mais.
Esse movimento urbano também pauta o Coliving, de Clariça Lima. Um local para encontros, conversas, momentos tranquilos e despojados, cercado de plantas, flores e design.
O ponto forte do projeto é a fluidez e a boa circulação, que é dada através da linearidade e disposição dos móveis e plantas. Dois bancos floreiras de chapa metálica, pintados na cor laranja, abraçam e preservam as árvores existentes no Jockey e ofertam um agradável descanso ao público. A cor também é um elemento muito presente no jardim, seja na pintura ombré nas paredes do ambiente como no mobiliário.
Um dos destaques fica por conta dos vasos de cerâmica em forma de letras, assinados por Marilá Dardot, e expostos em Inhotim, um dos principais acervos de arte contemporânea do Brasil. A paisagista deixa à disposição letras para o espectador compor palavras e frases. No local, ainda há totens com tomadas e entradas USB para carregamento de celulares e notebooks, onde o público também pode se conectar e trabalhar em uma atmosfera mais tranquila.
Áreas de convivência, espelhos d’água, grafite e Pancs compõem o Paisagens de Luz, ambiente assinado porLuciana Pitombo e Felipe Stracci, do Plantar Ideias. A dupla valeu-se de três conceitos para projetar o espaço: soluções dinâmicas e adaptáveis a outro local, experiências sensoriais e harmonia entre o ambiente criado e o do entorno.
O resultado é um jardim pré-fabricado de 467 m², ou seja, uma área onde todos os elementos, como estruturas metálicas, móveis, plantas e revestimentos, podem ser retirados e transportados para outro lugar sempre que preciso, com facilidade e sem causar nenhum dano ao meio ambiente.
As luzes foram posicionadas de forma a criar vários tipos de cena, ajudando a dividir o jardim em três grandes momentos: o painel de grafite cinético, onde se encontra o espelho d’água, o bangalô de projeção e sombras de luzes com cores primárias e o bangalô Sky Window.
Sobre a parede e o espelho d’água revestidos de cerâmica, o grafite assinado pelo artista Bieto é a sensação do jardim. Para acompanhar os móveis, os profissionais escolheram espécies pouco comuns, mais conhecidas como Pancs (plantas alimentícias não convencionais), que foram mescladas com outras plantas maiores nos canteiros, como os antúrios gigantes.
Serviço: CASACOR São Paulo
De 22 de maio e 29 de julho
Terça a sábado, das 12h às 21h – Domingo, das 12h às 20h
Jockey Club de São Paulo – Avenida Lineu de Paula Machado, 875
De terça a quinta-feira: Ingresso inteiro: R$ 60/Meia entrada: R$ 30
De sexta a domingo e feriados: Ingresso inteiro: R$ 76/Meia entrada: R$ 38
Passaporte Único: R$ 180
Valet: R$ 35