Com aumento de chuvas no verão, empresa baiana registra economia de 70% com reuso de água da chuva

Aumento de chuvas no primeiro trimestre de 2024 representou economia para empresas que investem no reuso de água das chuvas

Com temperaturas mais altas do que o normal, o verão de 2024 surpreendeu também pela grande quantidade de chuvas em Salvador e na Região Metropolitana. Apenas no mês de fevereiro, por exemplo, a capital baiana teve uma quantidade de precipitação de 332,5 mm, três vezes mais do que a média climatológica esperada, que era de 98,7 mm. Já em janeiro, foram registrados 149,9 mm, valor 95% acima da média histórica para o mês (76,9 mm). E para empresas que apostam em sustentabilidade, esse alto volume de chuvas pode representar uma grande economia e uma forma responsável e inteligente de cuidar dos recursos hídricos.

Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Na Bahia, a empresa Civil Pré-fabricados tem utilizado essa estratégia de reaproveitamento da água para gerar economia a partir de ações ecológicas. Gerente comercial da Fábrica de Leves da Civil Pré-fabricados, Claudio Moscoso explica que a adoção de uma estratégia inteligente permite otimizar o aproveitamento das águas da chuva durante o ano inteiro. “Utilizamos uma abordagem adaptável às variações sazonais na disponibilidade de água pluvial. Assim, no verão, quando há menos chuva, é possível maximizar o uso desse recurso, enquanto no inverno, quando a precipitação é mais abundante, é viável aumentar ainda mais a sua utilização”, revela.

E o aumento das chuvas nesse primeiro trimestre de 2024 representou um saldo positivo para a empresa. Durante os meses mais quentes, como o verão, o uso de água das chuvas nos processos fabris fica em torno de 50%. Entretanto, devido à grande quantidade de precipitação dos últimos meses, a empresa conseguiu ampliar esse percentual para 70%, resultando em uma economia na produção dos pré-fabricados, assim como em uma postura mais sustentável de seus processos. Já nos meses entre abril e junho, quando há um aumento natural no volume de chuvas, esse percentual pode chegar a até 80%.

Uma solução com muitas vantagens

Para as empresas que apostam na captação de água pluviais, uma das primeiras vantagens que se pensa é na economia financeira, devido a redução da dependência da água potável fornecida pela concessionária, principalmente para fábricas que necessitam de um grande volume hídrico. Mas as vantagens vão além do valor financeiro. Uma delas é a preservação do meio ambiente, a partir de uma redução da pressão sobre os sistemas de abastecimento de água.

Localizada no município de Simões Filhos, na Região Metropolitana de Salvador, a Fábrica de Leves da Civil Pré-fabricados utiliza a água das chuvas em seus processos desde 2011, sendo um recurso importante para a produção de blocos de concreto e pisos intertravados, por exemplo.

Esse processo é simples. A água é captada no telhado do galpão da fábrica, de onde é transportada e armazenada em até 5 tanques com capacidade total de 60.000 litros. “Nesses tanques, ela fica disponível para utilização na fábrica. Só usamos as outras fontes de água quando esses tanques estão com apenas 10% de sua capacidade”, explica Claudio Moscoso.

Além disso, a adoção de práticas sustentáveis, como essa, pode gerar benefícios fiscais, auxiliar na conquista de selos e certificações ambientais, destacando o compromisso da empresa com a preservação dos recursos naturais. Outra vantagem é a valorização da marca, ao demonstrar comprometimento com a sustentabilidade e com a responsabilidade ambiental.

A utilização da água da chuva no processo produtivo é uma prática cada vez mais valorizada pelo Grupo Civil e suas empresas por ser uma prática ambientalmente responsável, que contribui para a conservação dos recursos hídricos, redução da poluição, mitigação de desastres naturais e economia de recursos financeiros. Isso reflete o nosso compromisso em buscar soluções sustentáveis para desafios ambientais enfrentados atualmente”, finaliza Moscoso.

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