Com infraestrutura de transporte privilegiada, 5ª cidade de MS recebe Circuito Aprosoja 2016

Ao centro, João Pedro Cuthi Dias e Mauro Osaki e, nas extremidades, Gustavo Camargo e Danielle Bolandim. – Foto: Divulgação

Ao centro, João Pedro Cuthi Dias e Mauro Osaki e, nas extremidades, Gustavo Camargo e Danielle Bolandim. – Foto: Divulgação

O município de Aparecida do Taboado, a 442 quilômetros de Campo Grande, é destaque na produção de cana-de-açúcar e eucalipto em Mato Grosso do Sul. Atualmente, existem mais de 52 mil hectares dessas culturas. No entanto, nesta quinta-feira (27), o Circuito Aprosoja 2016 desafiou o público local a pensar na produção de soja e milho como novas e rentáveis possibilidades de investimento para a região.

Foi com essa ideia que o presidente do Sindicato Rural de Aparecida do Taboado, Eduardo Antonio Sanchez, abriu o evento. “Não temos produtores de grãos na região. Fala-se muito que nosso clima é muito seco para isso, o que inviabilizaria o desenvolvimento da soja. No entanto, ao invés de ser chamado de louco, quero mostrar que é possível recebermos na cidade investidores que enxergam que, com tecnologia, é possível produzir aqui. Temos a melhor infraestrutura de logística do Estado e, portanto, temos plenas condições de sermos grandes produtores”, afirmou.

Estrutura privilegiada 

De acordo com o presidente, além de contar com transporte rodoviário, a cidade é privilegiada geograficamente ao oferecer transporte ferroviário e hidroviário, reduzindo custos com frete.

O produtor rural da região de Chapadão do Sul, Jorge Michelc, diretor regional da Aprosoja/MS, participou do evento. Ele reforçou o incentivo e destacou que em outras regiões do país o clima seco e o solo despreparado para o cultivo de grãos são desafios já vencidos, fazendo de Aparecida do Taboado um celeiro de oportunidades. “Hoje, a Aprosoja/MS tem o prazer de convidá-los para o desenvolvimento dessa região forte e promissora. Lançamos o desafio para que o conhecimento compartilhado aqui nos dê coragem para pensarmos em novos caminhos, novos investimentos e novos negócios”, disse.

Palestrantes

Os palestrantes desta etapa, a 5ª já realizada em 2016, foram o engenheiro agrônomo Mauro Osaki, técnico-especialista superior do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior da Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), e doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos. No evento, falou sobre a necessidade intransferível que o produtor rural tem de apurar seus custos de produção e ter disciplina ao controlar informações e dados.

Além dele, o também engenheiro agrônomo João Pedro Cuthi Dias compartilhou conhecimento. O consultor da região Centro-Oeste da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e diretor comercial da Agência de Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul (ADMS), explicou os inúmeros benefícios da integração lavoura-pecuária como sistema eficaz e de alta rentabilidade de produção. “Regiões mais seccas que Aparecida do Taboado têm apresentado excelentes resultados quando unem conhecimento e tecnologia”, detalhou.

Público participante

No público que conferiu de perto a programação estavam Danielle Bolandim, de 29 anos, e Gustavo Camargo, de 20, ambos da cidade paulista de Ilha Solteira, que se deslocaram até Aparecida do Taboado apenas para participar do evento.

Entre os temas abordados, chamou a atenção de Danielle a possibilidade de alcançar maior rentabilidade por meio da integração entre lavoura e pecuária e, com isso, continuar no campo. “As informações compartilhadas aqui foram uma oportunidade para expandir ideias”, considerou a jovem, que é engenheira agrônoma.

Equilíbrio

Pensando nesse tema e no conhecimento compartilhado por Mauro Osaki, Gustavo notou a importância de se considerar novas estratégias de produção, mas percebeu que, mais importante que isso, é pensar no gerenciamento de recursos. “Então absorvi das duas palestras justamente um meio-termo, um ponto de equilíbrio: optar pela integração lavoura-pecuária é uma boa decisão, mas é preciso saber gerenciar os recursos ofertados pelos bancos, principalmente no caso dos produtores de pequeno porte”, analisou.

A próxima cidade a receber o Circuito Aprosoja 2016 é Deodápolis, no dia 16 de agosto. A iniciativa conta com o patrocínio do Governo do Estado, da Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf) e do Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems), além de ser uma parceria da Aprosoja/MS com os sindicatos rurais.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Aprosoja/MS

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