Com recursos do FIC, documentário sobre o Heavy Metal de Campo Grande será exibido no MIS

O Museu da Imagem e do Som, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, exibe nesta quarta-feira, dia 11 de setembro, o documentário Barulho do Mato, sobre o heavy metal em Campo Grande. O documentário foi produzido com recursos do Fundo de Investimentos Culturais (FIC) de Mato Grosso do Sul. O evento é aberto ao público e a entrada é franca.

Foto: Carlota Philippsen

Em meio ao cerrado exuberante e às vastas planícies de Mato Grosso do Sul, uma história desconhecida ressoa nas profundezas dos amplificadores e nas cordas vibrantes das guitarras. “Barulho do Mato”, documentário dirigido pelo jornalista Lucas Arruda e a cineasta Mariana Sena, desvela a alma pulsante do heavy metal campo-grandense.

Este média-metragem mergulha na essência de uma cena musical que se mantém viva e vibrante através de riffs pesados e letras profundas. Uma jornada que promete não apenas evocar o saudosismo dos veteranos do rock, mas também apresentar este universo rebelde e fascinante às novas gerações.

“Campo Grande é uma cidade que tem pouca de sua memória documentada, não sei se é o reflexo de um estado jovem. E, na música, senti que faltava um documentário que falasse sobre o Metal”, reflete Lucas Arruda. “Cadê a história das bandas? Principalmente, as bandas antigas. Quem foi o primeiro a fazer? Como surgiu? A partir daí, conversei com alguns amigos do meio musical, como o Lelo, guitarrista do Katastrofe, com o Kão, artista que é do Punk, mas sempre esteve no rolê do Metal. E, aí foi nascendo o projeto até eu conseguir um investimento e iniciar a produção”, completa.

O documentário faz um recorte temporal que abrange as décadas de 1980, 1990 e meados dos anos 2000, uma era rica em nuances estilísticas e influências que moldaram a identidade do heavy metal no Estado. Bandas icônicas como Alta Tensão, Necroterium, Sacrament, Disharmonical Tempest, Katastrofe, No Name, Kreatures Dark e Haze são algumas das protagonistas desse enredo.

“Ter relatos se torna urgente, pois já perdemos alguns músicos e produtores do período, tal como materiais em vídeo que retratavam a época”, pontua Arruda, sublinhando a importância de registrar e preservar essas memórias antes que se dissipem.

Para Cátia Santos, diretora de fotografia e editora do documentário, capturar esses relatos têm sido um desafio envolvente. “Contar a história desse estilo, dentro de um Estado com uma presença musical predominantemente sertaneja foi um desafio e tanto. Nesse sentido, a fotografia e a edição são muito importantes em um trabalho tão complexo como esse, pois elas ajudam a interligar as histórias que construíram o nosso heavy metal”, comenta.

“Barulho do Mato” promete desvendar os desafios e conquistas dos roqueiros em um estado marcado pelo conservadorismo. Desde os obstáculos logísticos até as barreiras culturais, o vídeo explora a rica tapeçaria de influências que moldou a cena do heavy metal no coração do Mato Grosso do Sul, deixando um impacto duradouro no meio artístico.

Produzido pela Arruda Comunicação, o documentário “Barulho do Mato” conta com financiamento do FIC – Fundo de Investimentos Culturais, da FCMS – Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, órgão vinculado à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), do Governo de Mato Grosso do Sul. Mais informações no Instagram @assessoriaarruda.

Serviço:

Exibição do documentário “Barulho do Mato”

Data: 11 de setembro (quarta-feira)

Horário: às 19 horas

Local: Museu da Imagem e do Som, que fica no 3º andar do Memorial da Cultura e da Cidadania, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Centro.

Entrada Gratuita

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