Com rival indefinido, estatístico do Vôlei Nestlé trabalha em dobro de olho na semifinal

Leonard Barbosa é o estatístico do Vôlei Nestlé (ZDL/Divulgação)

Osasco (SP) – O Vôlei Nestlé garantiu sua classificação para a semifinal da Superliga 2016/17 na segunda-feira (20), quando eliminou o Fluminense. Terracap/BRB/Brasília Vôlei e Dentil/Praia Clube fizeram a segunda partida das quartas de final na terça-feira (21) e com a vitória das brasilienses a série ficou empatada por 1 a 1. Mesmo com a indefinição do oponente, o time de Osasco retornou aos treinos na quarta-feira (22) já trabalhando em cima dos dois clubes que disputam a vaga, que será conhecida neste sábado (25) à noite, após o terceiro confronto entre os times. Essa incerteza em relação ao adversário aumentou a demanda para o estatístico Leonard Barbosa, que está em sua segunda temporada na comissão técnica comandada pelo técnico Luizomar.

Leonard, conhecido no clube como Léo, explica sua rotina e desde quando iniciou a coletar dados de Praia Clube e Brasília. “Começamos a trabalhar em cima dos dois times quando acabou o returno e já tínhamos a projeção de quem teríamos como adversário na semifinal. Fiz o Fluminense nas quartas de final e, ao mesmo tempo, já fui adiantando o material em relação aos prováveis rivais. Na segunda-feira, assim que acabou nosso jogo contra o Fluminense, cheguei ao hotel e já passei para o Luizomar tudo que tinha pronto tanto do Praia quanto do Brasília. Depois que acabou a segunda partida da outra série trabalhei em cima dela, que era o que faltava, e já entreguei para a comissão técnica”, explica o estatístico.

Trabalho em dobro com indefinição do rival da semifinal (ZDL/Divulgação)

Luizomar elogiou o trabalho de seu estatístico e destacou a importância de iniciar as atividades antes mesmo da definição do rival. “Esse é o momento em que todas as áreas precisam funcionar em excelência. O trabalho do Léo é muito importante e dobrou porque ele tem que deixar tudo preparado dos dois times. Mas, ao mesmo tempo, ganhou mais alguns dias para fazer uma pesquisa minuciosa de todos os jogos e detalhes para que possa abastecer a comissão técnica com números para que possamos traçar a melhor estratégia. Não dá para esperar a definição para começarmos os estudos. Eu, o Jefferson e o Spencer estamos recebendo todo esse material e cada dia escolhemos um possível adversário para analisarmos. Já olhamos os números dos dois e a elaboração da estratégia já começou. O Léo tem feito um grande trabalho na Superliga em sua segunda temporada conosco”, afirma o treinador.

No calendário de 2016/17, o Vôlei Nestlé inovou e tem registrado em vídeos todos os treinamentos realizados em Osasco. “Estudamos Praia Clube e Brasília e o nosso próprio time, pois nessa temporada estamos filmando todos os nossos treinos. Estamos gravando desde o primeiro dia de trabalho. Assim que acaba o treinamento já descarrego no computador e deixo pronto para ser editado. Entrego tudo semanalmente para o Luizomar”, conta Léo. “Esse é um trabalho que definimos no início da temporada. É um material riquíssimo para estudos e até para uma eventual divulgação. Recebo muitos pedidos de pessoas e treinadores e essa é uma forma que encontrei para depois compartilhar conhecimento e todo nosso trabalho com esses profissionais que nos procuram”, comenta Luizomar.

Estudos do Dentil/Praia Clube (ZDL/Divulgação)

O Vôlei Nestlé está liderando as estatísticas da CBV no fundamento ataque com 27,38% de eficiência, sendo segundo em saque, com 6,18%, e em defesa, com 41,35%, e quarto em bloqueio, com 29,81%. Individualmente, Tandara aparece como terceira melhor atacante, com 26,65% e a primeira em saque, com 10,04%. A ponteira é também a terceira maior pontuadora com 334 acertos. Camila Brait é a terceira em defesa, com 40,32%, e Bia, quinta colocada em aproveitamento de bloqueios com 32,47%, é a jogadora que lidera em pontos anotados neste fundamento, com 88 acertos, sete a mais que a central Mara, do Camponesa/Minas.

Nestlé busca sexto título – A Nestlé tem uma história vitoriosa no vôlei brasileiro e, até o momento, possui cinco títulos da Superliga. Na década de 1990, o Leite Moça ganhou a competição nas edições de 1994/95, 1995/96 e 1996/97. O time daquele período contava com craques como Fernanda Venturini, Ana Moser, Virna e Leila. A empresa retornou ao esporte em 2009, quando assumiu a equipe de Osasco. Na segunda versão do patrocínio, o Sollys/Nestlé foi campeão em 2009/10 e 2011/12. Os dois troféus foram conquistados sob o comando de Luizomar e o time contava com Carol Albuquerque na primeira e com Camila Brait na segunda.

Inovação com filmagens dos próprios treinos nesta temporada (ZDL/Divulgação)

Osasco também almeja o hexa – Pentacampeão nacional, o clube de Osasco também está na briga por sua sexta taça da Superliga. Com o antigo patrocinador, a agremiação subiu no topo do pódio em 2002/03, 2003/04 e 2004/05. Já com a Nestlé de parceiro, o time foi campeão em 2009/10 e 2011/12.

Nutrindo os Sonhos dos Jovens – De olho no futuro e na nova geração do vôlei brasileiro, o Vôlei Nestlé reforçou o DNA de seu projeto ao firmar parceria com o Programa Global “Nutrindo os Sonhos dos Jovens”, lançado pela Nestlé na Europa em 2013 e que chegou ao Brasil no final de 2015. O time para a temporada 2016/17 apresenta uma mescla de atletas experientes com jovens que buscam espaço em um clube tradicional como Osasco. Jogadoras vitoriosas e consagradas como Carol Albuquerque, Dani Lins, Tandara e Camila Brait serão as mentoras das novatas. O programa está voltado para a capacitação de jovens para qualificá-los profissionalmente.