Com safra acima da projetada, Cooperativa Vinícola Garibaldi regulariza estoques

A Cooperativa Vinícola Garibaldi encerrou o período da vindima 2021 celebrando uma colheita acima da projetada. Ao todo, 30,8 milhões de quilos de uva foram recebidos neste ano. Em 2020, o total recebido foi de 20,1 milhões de quilos de uva.

Safra na Cooperativa Vinícola Garibaldi – Crédito: Augusto Tomasi / Vagão Filmes

Um dos motivos para esse incremento foram as condições favoráveis para a boa produtividade, explica o gerente de assistência técnica da Cooperativa, Evandro Bosa: “Ocorreu um período de dormência dos parreirais com bastante horas de frio, e elas conseguiram acumular bastante reservas, seguido por uma brotação uniforme e floração com pouca chuva, permitindo boa frutificação. Ao final do ciclo as chuvas foram regulares e bem distribuídas”, diz.

O grande volume permitirá à Cooperativa recompor os estoques que entram em comercialização durante o ano, além de reestabelecer o estoque de passagem até a safra de 2022. Por conta da demanda elevada com a pandemia no ano passado – na cooperativa houve acréscimo de 35% na venda de vinho fino e de 14% na de espumante -, essa reserva precisa agora ser reorganizada.

Safra na Cooperativa Vinícola Garibaldi – Crédito: Augusto Tomasi / Vagão Filmes

Mas a safra 2021 não foi apenas grande em volume. Também foi boa em qualidade. Com um manejo assertivo, realizado no momento certo, os parreirais produziram frutos com boa maturação, garantindo bons produtos para todo o porffólio da casa. Em especial para os espumantes. “Os (vinhos) bases para espumantes estão muito bons, em alguns casos com até mais intensidade e frescor do que os da safra histórica do ano passado, então para as uvas mais precoces como Chardonnay, Pinot Noir, Prosecco, Trebbiano e Malvasia, tivemos uma condição muito boa, o que leva a crer que teremos grandes espumantes e vinhos brancos para 2021”, analisa Ricardo Morari, enólogo chefe da vinícola

As uvas de colheita intermediária atravessaram um período um pouco mais chuvoso, mas também se beneficiaram do manejo realizado no campo. O resultado foi uma maturação que proporcionou um álcool potencial alto e uma boa maturação fenólica. Já uvas colhidas mais tardiamente acabaram pegando uma reta final de safra com um clima mais estável, o que também contribuiu para a maturação. “Temos grande expectativa para todos os tipos de produto. Nossos vinhos tintos devem apresentar coloração intensa, teor alcoólico moderado e taninos macios e até possibilidade de envelhecimento em alguns casos”, comenta Morari.

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