Começa o planejamento dos 150 anos da Retirada da Laguna

Foto: Divulgação

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Campo Grande (MS) – A próxima reunião para encaminhamento das atividades alusivas aos 150 anos da Retirada da Laguna já tem data marcada – será dia 12 de novembro às 14 horas no Museu da Imagem e do Som (MIS), aqui em Campo Grande. A data foi definida durante a 1° reunião preparatória das atividades realizada no último final de semana em Jardim e Nioaque. Estiveram presentes o secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação de MS, Athayde Nery, representantes das Fundações de Cultura, Turismo, Ciência e Tecnologia, do CMO, Geoparque Bodoquena Pantanal, prefeituras envolvidas e os familiares dos heróis da Guerra da Tríplice Aliança. Todos puderam de perto a encenação da 9ª Marcha da Retirada da Laguna, realizada há 9 anos e de forma consecutiva há três por militares e moradores. Todo o fato histórico foi refeito em três dias.

A intenção na próxima reunião, segundo o secretário Athayde, é criar uma unidade de ações para o evento. “Cada um dos envolvidos deverá trazer sua proposta de ação para que seja apreciada pelos demais”. Na ocasião também será apresentado o filme “A retirada da Laguna”, de 1931, que narra as adversidades por que passaram as forças brasileiras durante o episódio conhecido por “Retirada da Laguna“. Athayde também demonstrou a vontade de trazer a encenação que anualmente é feita no município, para ser apresentada aqui na Capital. “ É muito importante que o sul mato-grossense conheça a história. Temos que resgatar e valorizar essa época muito difícil, fazer essa história chegar ao maior número de pessoas possível”.

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A reunião realizada no último sábado foi promovida pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e o Comando Militar do Oeste para criar um cronograma de discussões por parte das entidades de cunhos artísticos, culturais, políticos, militares e civis, tanto da esfera federal, quanto das esferas estadual e dos municípios que compõem a região palco do importante episódio ocorrido na Guerra do Paraguai.

A idéia inicial, proposta pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS e pelo Comando Militar do Oeste – CMO é fazer, a partir de agora até o ano de 2017, um calendário com a realização de atividades sociais, artísticas, políticas, culturais, militares e civis que relembrem os fatos. As atividades alusivas aos 150 anos da Retirada da Laguna, serão realizadas em 2017.

A RETIRADA DA LAGUNA

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A chamada Retirada da Laguna foi um episódio (1864 – 1870) imortalizado na literatura pela pena de um de seus protagonistas, o futuro Visconde de Taunay.

Após a apreensão da Canhoneira Amambaí da Marinha do Brasil, no Rio Paraguai, e da invasão da então Província do Mato Grosso pelas forças do Exército Paraguaio em dezembro de 1864, declarada a guerra, uma das primeiras reações brasileiras foi a de enviar um contingente militar terrestre para combater os invasores em Mato Grosso.

Desse modo, em abril de 1865, uma coluna partiu do Rio de Janeiro, sob o comando do coronel Manuel Pedro Drago, recebendo reforços em Uberaba, na então Província de Minas Gerais, percorrendo mais de dois mil quilômetros por terra até alcançar Coxim, na Província do Mato Grosso, em dezembro desse mesmo ano, que encontrou abandonada.

O mesmo se repetiu ao alcançarem Miranda, em setembro de 1866. Em janeiro de 1867, o coronel Carlos de Morais Camisão assumiu o comando da coluna, então reduzida a 1.680 homens, e decidiu invadir o território paraguaio, onde penetrou até Laguna, em abril. Por demais distante das linhas brasileiras, e sem ter como sustentar a tropa, afetada pela cólera, o tifo, e pelo beribéri, a coluna do Exército Brasileiro foi forçada a retirar sob os constantes ataques da cavalaria paraguaia, que utilizou táticas de guerrilha, infligindo perdas severas aos brasileiros.

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