A Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou na noite deste segunda-feira (11/04), por 38 votos a 27, o parecer do relator Jovair Arantes (PTB/GO), que pede a abertura de processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. A decisão será publicada no Diário Oficial e será submetida ao plenário da Casa de Leis.
Tanto os governistas quanto os opositores já esperavam essa decisão, principalmente depois que partidos aliados decidiram liberar seus deputados a votarem de acordo com a consciência da cada um.
A sessão da Comissão Especial durou cerca de 10 horas, tendo 38 deputados aprovado o relatório e 27 se manifestados contrários ao parecer do relator.
De acordo com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara dos Deputados, o plenário da Casa de Leis deverá começar a votar o parecer de impeachment na próxima sexta-feira (15/04). Acredita-se que o término da votação ocorra no domingo (17/04).
A Comissão Especial de Impeachment se reunião 10 vezes deste o dia 17 de março, data em que foi instalado oficialmente. A reunião de hoje teve quórum máximo, com a presença de praticamente todos os 65 membros titulares. Alguns, no entanto, não compareceram e foram substituídos por seus respectivos suplentes.
No começo da sessão, na manhã deste segunda-feira (11/04), o relator Jovair Arantes (PTB/GO) voltou a defender o seu parecer, alegando que havia evidências plausíveis para pedir o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Ele disse que não houve motivações políticas, apenas critérios técnicos.
Já o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardoso, voltou a afirmar que o parecer não possuía provas concretas de nenhuma irregularidade cometidas pela presidente Dilma Rousseff, e que na realidade o que estava em curso era um “golpe de abril de 2016”.
Durante a sessão, houve divergências entre os deputados da situação e os da oposição, e por muito pouco não houve briga de fato.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), disse que os defensores da presidente Dilma são na realidade ‘cúmplices’ de um governo que causou prejuízos ao Brasil e sofrimento ao povo.
Já o líder do PT, Afonso Florence (BA), afirmou que caso o processo de impeachment de fato aconteça, os opositores não terão “sossego”, porque serão cobrados por parte da população que apoia a presidente Dilma Rousseff.
Com informações das Agências Estado e Brasil