Como as organizações mais resilientes enfrentam a era da disrupção

Erika Graciotto – Foto: Acervo Pessoal

Nos últimos anos temos vivido muitas situações desafiadoras que exigem preparo e capacidade de adaptação. As mudanças climáticas, a pandemia, as instabilidades geopolíticas, as novas tecnologias, entre outros acontecimentos que alteram o cenário e configuram uma ruptura de padrão também chamada de “era de disrupção”, ou “age of disruption”, como o termo foi originalmente criado.

Prosperar na era da disrupção não é tarefa fácil e requer movimento, principalmente dos líderes empresariais. No entanto, a maioria dos CEOs considera ser cada vez mais difícil saber por onde começar, agir diante de tantas mudanças. Neste caminho, as estratégias de experiência do empregado (EX) possuem um papel bastante importante para a gestão de mudança, atrair e reter talentos.

Uma pesquisa realizada pela WTW na Europa avaliou um grupo de organizações que se destacam em meio à disrupção, o que chamamos de Change Masters. A análise mostrou que grandes líderes desta era se concentram na comunicação. Eles ouvem bem todas as partes interessadas, mostram empatia e demonstram que realmente entendem o que os outros estão pensando e sentindo.

Mais do que nunca, os líderes precisam demonstrar seu lado humano e de fato compreender a individualidade de cada funcionário. Estes gestores também apresentam uma visão clara que inspira os profissionais. Mais de quatro em cada cinco empregados (85%) que trabalham para empresas Change Master relatam que sua liderança lhes ofereceu uma imagem compreensível de seu futuro.

As empresas querem líderes que falem sua língua, promovam ambientes inclusivos e abram oportunidades para o sucesso. Também esperam encontrar na empresa respeito e dignidade que possam proporcionar uma segurança psicológica que estimule um maior compartilhamento de ideias. Organizações resilientes entendem que esse é o caminho para atingir altos patamares de inovação e se diferenciar da concorrência.

Para as organizações que ainda estão em busca de entender como agir, as estratégias de experiência do empregado precisam estar em lugar de prioridade nas ações de planejamento. A partir disso, é preciso priorizar alguns pontos como a escuta dos empregados, o bem-estar e as recompensas totais.

O ritmo e o grau de mudança nestes últimos anos ultrapassam os limites do esperado. Resta às empresas correr para agir da forma mais acertada possível valorizando sua equipe de colaboradores e trazendo o equilibrado e estabilidade para o ambiente de trabalho.

*Erika Graciotto é Líder da área de gestão de talentos e employee experience da WTW Brasil

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