O Mercedes-Benz Classe C está disponível no Brasil em quatro versões. A grande novidade, apesar das semelhanças visuais, é a nova motorização com funcionamento semelhante ao dos híbridos. Os preços partem de R$ 187.900.
O Classe C pode ser equipado com os motores 1.5 turbo de 156 cv ou o 2.0 de 258 cv, no caso da configuração topo de linha, a 300 C. No caso do modelo equipado com o sistema auxiliar de potência pelo propulsor elétrico, são 183 cv – um adicional de 14 cv. Para todas as versões, o câmbio é o automático de 9 velocidades.
Com um custo de R$ 40 mil a mais do que sua última versão a combustão, o Classe C 200 EQ Ecoboost é ainda uma incógnita. Em um mercado de sedãs premium restrito, a marca afirma que a disputa do Classe C é contra os conterrâneos alemães. Nesse caso, lê-se Audi e BMW, mais especificamente A4 e BMW Série 3.
Qual desses sedãs compensa mais e tem melhor e entrega no quesito luxo, conforto e custo benefício?
Audi A4
A versão mais cara do sedã no Brasil sai por R$210.990, o que é R$ 50 mil a menos que a topo de linha do Classe C. Os itens de série, por outro lado, são bem semelhantes.
Para todas as versões do A4 no Brasil, prevalece o motor 2.0 turbo de 190 cv, ou no caso das versões mais caras e tração integral, potência de 252 cv. O câmbio é sempre automático de 7 velocidades.
Assim como o rival da Mercedes, o modelo tem airbags dianteiros e laterais, botão start-stop, 5 modos de condução (um a mais que no Classe C), controle de cruzeiro com limitador de velocidade, Isofix, rodas de liga leve de 17 polegadas, volante multifuncional em couro, e quatro tipos de acabamento com combinações de bege, cinza, marrom e preto.
O painel totalmente digital está disponível a partir de versão intermediária. No Classe C, o item é oferecido exclusivamente na versão híbrida. No caso do sedã da Audi, os faróis são de bi-xenônio e o LED está presente apenas nas luzes de condução diurna, enquanto no novo Classe C os faróis 100% em LED passam a equipar todas as versões. Na lista de opcionais está o teto solar elétrico, por exemplo, item também de série na versão 200 EQ do Classe C.
BMW Série 3
Cinco versões integram a gama do BMW Série 3 no país. A nova geração chega no segundo semestre do ano que vem já com novidades em equipamentos de segurança e design.
O série 3 leva a melhor na categoria porta-malas: são 480 litros, frente aos 435 l do Classe C. Os preços da nova linha ainda não foram divulgados, mas pode-se esperar algo superior à margem de R$ 170 mil a R$260 mil das versões atuais.
Para as versões 320i, o motor 2.0 turbo de quatro cilindros a gasolina de 184 cv foi mantido. O mesmo conjunto equipa a versão 330i, mas com uma potência de 258 cv.
O Série 3 tem painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas e tela multimídia de 10,2 polegadas. Os recursos de assistência ao motorista também não se diferenciam tanto do Classe C. Afinal, o sistema de alerta de colisão e frenagem de emergência, inclusive para detecção de pedestres, estão inclusos em ambos os modelos.
A lista de acessórios é farta, mas alguns itens opcionais do Série 3 já equipam o Classe C e também o A4 de série, como o controle de velocidade de cruzeiro, por exemplo.
Quem leva a melhor?
Se levarmos em conta a capacidade de carga, o vencedor sem dúvida é o Série 3. Mas no quesito espaço interno a taça vai para o Classe C.
A potência pode não ser o forte do sedã da Mercedes em relação ao seus concorrentes, mas a grande vantagem é a disponibilidade de uma versão com motorização híbrida que, de acordo com a marca, permite economia de até 10% no consumo de combustível enquanto ativado o modo de condução ECO. Portanto, se eficiência é o seu objetivo, essa é a escolha certa.
No que diz respeito a design, o A4 fica em último lugar. Apesar de ter passado por leves melhorias visuais há pouco tempo, a aparência do sedã da Audi fica para trás e requer a escolha de pacotes opcionais para completar a lista de itens oferecidos de série pela concorência nas versões equivalentes. Isso também se aplica aos diversos equipamentos de tecnologia e segurança.