Único brasileiro a chegar numa final individual do Mundial e um dos mais experientes da modalidade no País, o canoísta santista Celso Filetti será destaque no Campeonato Sul-Americano de Va’a, que será disputado de quarta-feira (18) até sábado (21), na Ponta da Praia, em Santos. Com a vantagem de competir “em casa”, nas águas onde treina diariamente, o experiente atleta tentará medalhas em quatro provas, duas coletivas e duas individuais.
Prestes a completar 51 anos, ele terá duas prioridades, uma na OC6 master (40 a 50 anos), com a equipe Koa, e outra na OC1 supermaster (51 anos em diante). “Mais uma vez vou me aventurar em quatro provas. Estou bem treinado e focado. Vai ser difícil brigar por medalhas, porque é um Sul-Americano, com atletas muito fortes, sobretudo do Chile, os famosos Rapa Nui, da Ilha de Páscoa, mas vou para tentar um novo ouro”, afirma.
Nas provas individuais, Filetti competirá tanto na V1 (sem leme) quanto na OC1 (com leme). “Já fui campeão sul-americano na Rio Va’a de V1 e no Mundial, também no Rio, fui o único brasileiro a fazer final. Vai valer muito o preparo físico, a experiência e acredito que também o conhecimento do local”, complementa Celso.
Na OC6 master, ele atuará na equipe Koa com Marcos Zacouteguy, Rogério de Andrade, Antonio Carlos Bonfá, Carlos Rittscher e Vagner Riesco. Já na supermaster, remará com Carlos Rittscher, Alexandre Tedorenko, Mauro Apolinário, Ricardo Faro e José Carlos de Souza. “Vou cair para dentro nas quatro e remar 100% em todas. Quero uma medalha em casa”, destaca o atleta.
Em janeiro deste ano, Celso Filetti importou duas das canoas mais modernas do Mundo, uma do Havaí, no modelo unlimited (sem limites) e outra do Taiti. A outrigger havaiana (OC6), nas cores verde e amarela, foi batizada Palakila, que significa Brasil ou brasileiro no dialeto local. Pesa só 70 quilos (menos da metade de uma canoa convencional) e conta com dreno para eliminar a água e finca-pé.
A Va’a do Taiti (V6) leva o nome Te Arii Vahine, Rainha em português, nome considerado sagrado naquele país. É feita de madeira, revestida com carbono e tem as características próprias das canoas locais, sendo mais rápida e segura. “Trouxe para o pessoal curtir, aproveitar”, diz Celso Filetti, que além de competir, emprestará nada menos que dez de suas canoas aos participantes no Sul-Americano em Santos. “É uma forma de boas vindas”, completa.