Com o slogan “Muito além do tchauzinho de miss“, o Miss Intercontinental Brasil, pretende DESMISTIFICAR os concursos de beleza, refutando a ideia de que estes têm como objetivo reforçar estereótipos e valorizar as misses como mulheres, que passam pelos mesmos problemas de todas as outras, mostrando que a beleza não as blinda de preconceitos muito menos as torna “seres superiores”.
As misses têm promovido, nas redes sociais, ações que chamam a atenção para o desrespeito sofrido, além de conclamar outras mulheres a unirem-se nessa luta.
O assunto gerou tanta polêmica que algumas candidatas chegaram a desistir do concurso. “As meninas acharam que por não participar das ações seriam prejudicadas, o que não é verdade. Não podemos obrigar ninguém a lutar pelo o que não acredita, e o feminismo ainda é muito mal interpretado no Brasil, inclusive pelas mulheres. ” explica Elaine Cristina – diretora do concurso.
“No geral as misses têm promovido as ações com maestria. O mais interessante é que as candidatas que achamos que não participariam, sobretudo por questões religiosas, são as que mais abraçaram a causa” – diz Jonny Guimarães, diretor do concurso.
Até agora foram 3 ações. Na primeira, as candidatas foram convidadas a escrever no corpo a primeira palavra pejorativa que ouvem quando dizem que são misses, o que causou reboliço nas redes. Na ação “Mulheres como você”, valoriza a mulher por trás da faixa e da coroa, mostrando as misses como pessoas comuns, que trabalham, estudam e aproximando-as de outras mulheres. Já a última, “Gostosa não é elogio”, foi lançada dias antes do carnaval e teve como intuito derrubar a ideia de que roupa define caráter ou é uma permissão para qualquer tipo de desrespeito.
“Apenas uma das 26 candidatas representará o Brasil no Miss Intercontinental 2016, mas a intenção é que as 26 candidatas possam empoderar outras 26 mulheres, e assim sucessivamente” diz Talita Queiroga, psicóloga e diretora do concurso.