Manter um carro está cada vez mais caro, por seus gastos constantes, como impostos e, principalmente, o combustível. O reajuste nos impostos de PIS e Cofins elevou ainda mais o preço nos postos de reabastecimento, bom motivo para investir em um modelo que seja mais econômico. Separamos os 10 carros flex com melhor rendimento energético à venda no Brasil, de acordo com o teste oficial do Inmetro para a Etiquetagem Veicular.
Antes de partir para a lista dos carros flex mais econômicos, vamos falar do critério. O valor utilizado pelo Inmetro para criar o ranking é o consumo energético em MJ/km. Quanto menor este número, mais econômico é o veículo. Caso dois automóveis tenham o mesmo consumo, o desempate é feito pela quantidade de g/km de CO2, em ordem crescente.
Consideramos apenas os modelos com motor flex por um motivo bem simples: é a esmagadora maioria entre os carros vendidos no Brasil. O alto valor cobrado pelos híbridos, mesmo com os tímidos incentivos do governo, fazem com que estejam distantes da realidade dos brasileiros. Se não houvesse essa diferenciação, modelos como Toyota Prius, Ford Fusion Hybrid e Volvo XC90 T8 ocupariam as primeiras posições do ranking. Também excluímos os elétricos, já que temos apenas um modelo à venda no nosso mercado, o BMW i3.
O Inmetro lista todas as versões disponíveis de cada carro, mesmo que a mudança seja apenas o pacote de equipamentos. Desconsideramos esses modelos e só entraram na listas as configurações que têm alguma troca de motor e/ou transmissão. É o caso do Fiat Mobi, que aparece duas vezes, quando equipado com o câmbio automatizado GSR e com o manual de 5 marchas.
Há uma outra particularidade para o VW up!. A Volkswagen disponibiliza uma versão, a Move, com rodas de 14”. Esse tamanho reduz o consumo e faz com que seja mais econômico do que as demais configurações. Para não citar o carro pela terceira vez, um modelo só pode aparecer de novo na lista se trocar motor ou transmissão. Então, nesse caso, apenas a versão mais econômica do up! TSI está no nosso ranking.
Confira quais são os 10 carros flex mais econômicos do Brasil:
1º – Peugeot 208 1.2 manual
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
||
1.2 PureTech | Manual de 5 marchas | 10,4 | 11,0 | 14,8 | 15,8 | 1,39 | 85 |
O compacto da Peugeot é um exemplo do motivo pelo qual não poderíamos restringir a lista aos 1.0 – e é um argumento para mudar os impostos de acordo ao rendimento energético ao invés de litragem do motor. O 208 estreou o 1.2 PureTech da PSA no Brasil, de três cilindros, capaz de gerar 90 cv e 13 kgfm, com etanol. Faz 15,8 km/l na estrada, quando abastecido com gasolina, embora seja comum passar desse valor na vida real.
2º – Renault Kwid 1.0 manual
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
||
1.0 SCe | Manual de 5 marchas | 10,3 | 10,8 | 14,9 | 15,6 | 1,39 | 86 |
O motor 1.0 SCe do Kwid pode ter perdido potência ao ficar mais simples que o do Sandero. Porém, aliado ao baixo peso do compacto da Renault, conseguiu ficar bem econômico, quase tanto quanto o do 208 – ambos têm consumo de 1,39 MJ/km. Só que o Kwid emite um pouco mais de poluentes: 86 g/km de CO2, contra os 85 g/km do Peugeot.
3º – Volkswagen up! 1.0 TSI manual
A linha 2018 recolocou o Volkswagen up! TSI em uma posição na lista e, mais importante ainda, acima de seu rival, o Fiat Mobi. A configuração Move, com rodas de aro 14” e motor 1.0 TSI de 105 cv, atinge os 1,40 MJ/km, o que se reflete em um rendimento de 16,3 km/l no ciclo rodoviário, com gasolina. Se equipado com as rodas de 15”, cai para 1,44 MJ/km e faz 16,0 km/l.
4º – Citroën C3 1.2 manual
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
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1.2 PureTech | Manual de 5 marchas | 10,2 | 10,8 | 14,3 | 15,6 | 1,42 | 88 |
O hatch da Citroën também usa o motor 1.2 PureTech da PSA. Porém, é menos econômico que o Peugeot 208 com a mesma motorização. A marca diz que a diferença está na aerodinâmica, que favorece o compacto da Peugeot. Isso não quer dizer que o C3 seja ruim, já que alcança os 15,6 km/l, segundo o Inmetro.
5º – Fiat Mobi 1.0 GSR
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
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1.0 Firefly | Automatizado de 5 marchas | 9,8 | 11,1 | 14,0 | 15,9 | 1,43 | 89 |
Quando a Fiat lançou a versão automatizada do Mobi, deixou bem claro que pensava em consumo, mesmo que isso significasse perda de desempenho ou conforto pelas trocas mais lentas do câmbio GSR. Deu certo, já que é mais econômico do que o compacto manual com o mesmo motor 1.0, embora por uma diferença pequena, de 0,02 MJ/km, reflexo de seu rendimento na cidade, onde faz até 14 km/l com gasolina.
6º – Fiat Mobi 1.0 manual
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
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1.0 Firefly | Manual de 5 marchas | 9,6 | 11,3 | 13,7 | 16,1 | 1,45 | 90 |
O Mobi GSR é mais econômico. Porém, quem não quiser esse câmbio automatizado de jeito nenhum não vai ficar na mão com o Mobi 1.0 Drive manual. Com o 1.0 tricilindrico da família Firefly, de 77 cv, faz até 16,1 km/l na estrada, quando abastecido com gasolina.
7º – Fiat Argo 1.0 manual
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
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1.0 Firefly | Manual de 5 marchas | 9,9 | 10,7 | 14,2 | 15,1 | 1,45 | 90 |
A diferença de rendimento entre o recém-lançado Argo e o Mobi, quando equipados com o 1.0 Firefly, é tão pequena que o Inmetro usa um terceiro critério de desempate. Ambos alcançam os 1,45 MJ/km e emitem 90 g/km de CO2. Só que o Argo emite mais hidrocarbonetos não-metano (NMHC).
8º – Volkswagen up! 1.0 MPI manual
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
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1.0 MPI | Manual de 5 marchas | 9,6 | 10,6 | 14,2 | 15,3 | 1,46 | 89 |
Com uma participação cada vez menor dentro das vendas do up!, o motor 1.0 MPI ainda é uma boa opção para quem quiser o subcompacto e não pode partir para o turbo. Faz 1,46 MJ/km, e rende cerca de 15,3 km/l na estrada, de acordo com o Inmetro.
9º – Ford Ka 1.0 manual
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
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1.0 Ti-VCT | Manual de 5 marchas | 9,2 | 10,8 | 13,5 | 15,7 | 1,49 | 91 |
Mais um compacto com motor de três cilindros, o Ka usa o 1.0 Ti-VCT de 85 cv, disponível somente com câmbio manual de 5 marchas. É o último hatch entre os carros flex mais econômicos, com um consumo de 1,49 MJ/km. Em números reais, faz aproximadamente 15,7 km/l no ciclo rodoviário.
10º – Renault Logan 1.0 manual
Motor | Câmbio | Etanol (Cidade/Estrada) |
Gasolina (Cidade/Estrada) |
MJ/km | CO2 (g/km) |
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1.0 SCe | Manual de 5 marchas | 9,4 | 10,2 | 14,0 | 14,9 | 1,50 | 91 |
Único sedã na lista, o Renault Logan ganha do Sandero em rendimento pela vantagem na aerodinâmica. Poderia ser melhor caso fosse equipado com mais itens, como direção elétrica ao invés de eletro-hidráulica. Ainda assim, é a melhor opção para quem quer um três-volumes espaçoso e econômico, pois rende 14,9 km/l na estrada.