São Paulo (SP) – O Dia Mundial do Livro é comemorado em abril. Criado pela UNESCO em 1995, o evento visa fortalecer o hábito da leitura, promover o prazer da leitura, valorizar o seu papel fundamental na formação humana, incentivar a publicação de livros e a proteção dos direitos autorais. O dia escolhido é o mesmo da morte de William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Veja, em 1616 – uma data importante para a literatura mundial.
Levando em consideração que 42% dos moradores de São Paulo não leram um livro nos últimos três meses, de acordo com o Ibope, e que, 30% da população brasileira nunca comprou um livro, segundo uma pesquisa realizada pelo Retratos da Leitura, do Instituto Pró-Livro, a data se torna ainda mais valiosa para chamar atenção sobre a importância da leitura, como um instrumento cultural e uma ferramenta estratégica para a formação e transformação social.
Isso não significa que o mercado editorial vai deixar de existir ou que não vale mais a pena lançar um livro. De acordo com o book advisor Eduardo Villela, futuros autores não devem desistir de escrever seus livros por conta da crise atual enfrentada pelas editoras e grandes redes de livrarias. “Com espírito empreendedor, criatividade e orientação adequada para buscar alternativas e oportunidades, é possível se tornar um escritor de sucesso”.
Para desmistificar ainda mais o processo de se tornar um autor, o book advisor lista três recomendações para quem deseja iniciar essa trajetória:
1 – Conte com a ajuda de um book advisor
O Book Advisor ajuda o autor a construir o projeto de seu livro. De acordo com Eduardo Villela, ele auxilia na elaboração do plano de obra, uma espécie de plano de negócios do livro, que deve conter uma série de informações e análises. “De início, converso com a pessoa interessada em escrever uma obra para saber sobre a relevância do tema escolhido pelo autor, qual abordagem ele pretende desenvolver dentro desta temática e por quais razões ele quer escrevê-lo. A partir disso, analisamos também quem é o público-alvo de leitores e os principais motivadores que despertarão o interesse deles em lê-lo e também ponderamos quais serão os diferenciais de mercado do livro”, revela.
O especialista também ajuda na produção de um roteiro detalhado de capítulos, contendo todos os assuntos que o autor pretende abordar em cada um deles; e, por fim, define um cronograma de trabalho e uma rotina eficaz de escrita. “Esta primeira etapa de concepção do projeto do livro equivale à planta de uma casa feita em conjunto com um arquiteto”, explica Villela. “Trabalhar em um livro é uma atividade que requer planejamento, organização e assessoria especializada”, complementa.
2 – Tenha experiências para compartilhar
Segundo Eduardo Villela, para escrever seu livro, é fundamental que o autor, conheça muito bem o tema escolhido, tanto na prática como na teoria. “Quem não domina completamente o tema de sua obra, não conseguirá escrever um bom livro. Faltará consistência, densidade e riqueza ao conteúdo de sua obra.” Ele diz ainda que é imprescindível entender muito bem para quem o autor está escrevendo. “Quem serão os seus leitores e por quais razões eles se interessarão pelo seu livro? Quais são os sonhos, os objetivos pessoais e profissionais, as dúvidas, as angústias e os medos de seus leitores? Quais desafios e mudanças eles estão vivendo no dia a dia?”, pondera.
“O livro é um meio muito eficaz para você transmitir seus conhecimentos, ideias, pontos de vista, experiências e proporcionar reflexões a um grande número de pessoas”, a frase de Villela demonstra que escrever também é uma maneira de compartilhar a expertise, os aprendizados e vivências de um escritor em determinada área com seu público-alvo.
3 – Publique seu livro
Muita gente acredita que o livro só vai ser lido e bem aceito pelos leitores, caso seja publicado por uma editora, mas, de acordo com Villela isso não é uma regra. “Hoje, se você é um autor que cria vínculo, conexão com o seu público-alvo nas redes sociais, uma edição independente de seu livro pode ser um caminho bastante interessante e viável. Existe, por exemplo, um bom número de autores que lançam livros como e-book em plataformas como o Kindle da Amazon e alcançam resultados muito bons”, revela.
Outra preocupação corriqueira é a falta de tempo para escrever o livro. Segundo o Book Advisor, uma organização eficaz da rotina de escrita do autor e um cronograma detalhado tornam o processo de escrita bem mais simples. “Um Book Advisor experiente está preparado para orientar o autor a encontrar a dinâmica de trabalho que funcione para sua realidade de tempo.”, destaca Villela.
Sobre Eduardo Villela
Graduou-se em Relações Internacionais e cursou mestrado em administração, ambos na PUC/SP. Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004, já lançou mais de 500 livros de variados temas, entre eles gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias e ficção infanto-juvenil e adulta.
Trabalhou como editor de aquisições de livros universitários e de negócios na Editora Saraiva, editor de livros de negócios na editora Campus-Elsevier, gerente editorial de todas as linhas de publicações na Editora Gente e copublisher e diretor comercial da Editora Évora.Mais informações em www.eduvillela.com