São Paulo (SP) – A CPFL Energias Renováveis S.A. (CPRE3), maior geradora de energia por fontes renováveis do Brasil, fechou o primeiro trimestre de 2018 com uma receita líquida de R$ 383,5 milhões, crescimento de 3,4% em relação ao primeiro trimestre de 2017. Já o EBITDA da companhia ficou em R$ 227,8 milhões, registrando redução de 3,7%, enquanto a margem foi de 59,4%, que equivale a 4,4 pontos porcentuais a menos em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação aos dados operacionais, a geração de energia no trimestre diminuiu 7,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
No primeiro trimestre deste ano, a geração de energia dos parques eólicos apresentou redução de 20,8% (+167,8 GWh), quando comparada à geração no primeiro trimestre de 2017. Esta variação deve-se principalmente à menor incidência de ventos no Rio Grande do Norte e no Ceará. A geração de energia foi impactada também pela menor disponibilidade dos parques eólicos do Ceará, devido à fase de adaptação dos aerogeradores da Siemens-Gamesa, operados anteriormente pela Suzlon.
Em contrapartida a geração de energia das PCHs e das usinas de biomassa apresentaram um acréscimo de 16,3% (+68,1 GWh) e 2,9% (+2,0 GWh) no 1T18 em relação ao 1T17, respectivamente.
O portfólio de ativos da CPFL Renováveis é diversificado, tanto em termos de fontes quanto em localização geográfica. Essa característica é relevante, porque mitiga os efeitos das sazonalidades e dos fatores climáticos, que variam de acordo com a fonte renovável e também com a localização onde está cada um dos ativos da companhia.
Receita líquida (+3,4%) – No encerramento do primeiro trimestre de 2018, a CPFL Renováveis contava com 93 ativos em oito municípios e capacidade de 2.102,6 MW, crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento deve-se ao início da operação comercial do complexo de Pedra Cheirosa (+48,3MW), em junho de 2017.
A receita líquida total da companhia alcançou R$ 383,5 milhões no primeiro trimestre de 2018, superando em 3,4% a receita do mesmo período no ano passado (+R$ 12,6 milhões). Essa variação ocorreu com o aumento de R$ 9,8 milhões na receita das eólicas, devido ao efeito positivo, no primeiro trimestre deste ano, do leilão de energia nova por meio do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD). A receita aumentou porque o preço do contrato firmado no mercado livre (ACL) foi superior ao preço no mercado regulado. A entrada em operação do complexo eólico Pedra Cheirosa também contribuiu para o aumento da receita líquida.
Os fatores ainda foram parcialmente compensados pela menor geração dos complexos eólicos do Ceará, anteriormente operados pela Suzlon, e dos complexos eólicos no Rio Grande do Norte, em razão da menor incidência de ventos.
¹ O EBITDA corresponde ao lucro líquido antes: (i) das despesas de depreciação e amortização; (ii) do Imposto de Renda e contribuições sociais (tributos federais sobre a renda); e (iii) do resultado financeiro, conforme Instrução CVM Nº 527, de 4 de outubro de 2012.
² Em decorrência da liquidação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para efeitos de contabilização, a companhia considera a geração provisionada do último mês do período corrente.
3 Considera estagiários e diretores estatutários.
EBITDA – No primeiro trimestre de 2018, o EBITDA totalizou R$ 227,8 milhões, 3,7% inferior ao do mesmo período no ano passado (−R$ 8,9 milhões). A margem EBITDA chegou a 59,4% no primeiro trimestre, 4,4 pontos porcentuais inferior ao mesmo período em 2017. Este resultado ocorreu em função dos maiores custos de geração de energia, principalmente com a compra de energia para atender às exposições das eólicas no mercado de curto prazo. Tal efeito foi parcialmente compensado pela entrada em operação do Complexo Eólico Pedra Cheirosa e pela reversão de provisão impairment (reversão da provisão de perda) ocorrida no primeiro trimestre de 2018.
Evolução do EBITDA – 1T18 x 1T17 (R$ milhões)
A companhia possui um projeto em construção, a PCH Boa Vista 2, que adicionará 29,9 MW de capacidade nos próximos anos. A entrada em operação deste ativo, localizado em Varginha (MG), está prevista para 2020. A CPFL Renováveis investiu R$ 38,0 milhões no primeiro trimestre, direcionados basicamente para este ativo que está em construção.
Evolução do portfólio contratado até 2020 (MW)
Sobre a CPFL Renováveis
Maior empresa do Brasil no segmento de geração de energia elétrica com base em fontes renováveis, a CPFL Energias Renováveis S.A. (CPRE3) conta com um portfólio de 93 ativos de geração nas quatro fontes: eólica, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas termelétricas movidas a biomassa e solar, tecnologia em que foi pioneira no Estado de São Paulo. Esses ativos totalizam uma capacidade instalada de 2,1 GW. A CPFL Renováveis tem ações listadas no Novo Mercado da B3 (antiga BM&FBovespa), o mais alto segmento de governança corporativa desde 2013.
Fonte: RP1 Comunicação