Em meio a todas as consequências econômicas, sociais e políticas da COVID-19, e a toda desinformação e judicialização do retorno às atividades normais de comércio e serviços, uma boa notícia: a crise gera oportunidade de desenvolvimento mais rápido de novos meios de pagamento.
Outrora restritos a dinheiro, cheque (quem lembra está no grupo de risco!) e boletos, atualmente há opções muito mais céleres e práticas. Embora a tendência de novas modalidades já estivesse em voga, a dificuldade em adquirir produtos em época de isolamento social e a proibição de abertura de inúmeros estabelecimentos foram elementos catalizadores desse processo.
Nesse sentido, a praticidade e a segurança proporcionada pelo chamado “Gateway” são bem-vindas. Trata-se de um meio de pagamento que permite o trânsito confidencial de informações criptografadas para efetivar a transferência de recursos entre consumidores e fornecedores, que pode ser consumada por cartões de débito e crédito, por exemplo.
Para além do “dinheiro de plástico”, hoje se percebe a utilização frequente de outros recursos com tecnologia NFC, ou seja, Near Field Communication. Essa inovação permite que o pagamento seja realizado com a troca de informações entre dispositivos mediante simples aproximação física, sem a necessidade de cabos ou fios. As transações financeiras tornam-se mais seguras, podendo ser efetuadas com smartphones, smartwatches, pulseiras de pagamento, tablets e cartões digitais.
Com tanta comodidade, a pandemia passará, mas esses novos meios de pagamentos certamente ficarão.
*Thaís Cíntia Cárnio é especialista em Banking, professora de Direito das Relações Econômicas Internacionais, Direito Empresarial e Mercado Financeiro da Universidade Presbiteriana Mackenzie.