À medida em que se debate o ESG (Environment, Social and Governance) e os consumidores ficam mais atentos às questões de sustentabilidade, cresce a necessidade de atenção ao tema dentro das empresas.
Por outro lado, com o aumento relevante do número de dados produzidos diariamente no mundo, a demanda por data centers se eleva a cada momento. Mas, suas estruturas não podem ficar presas ao passado. A procura por data centers sustentáveis deve crescer mais de 14% até 2032[i], como reflexo de um pensamento de investimento vantajoso de longo prazo, de ROI aprimorado e de pressão pública por sustentabilidade.
O desenvolvimento e uso de data centers sustentáveis passou então a ser o foco das companhias para otimizar suas operações e utilização de recursos, acompanhando uma onda de desafios ambientais, políticos e econômicos.
Data Center sustentável e sua pegada de carbono leve
Um data center é um centro de dados usado por organizações e prestadores de serviço em nuvem para armazenar uma infinidade de dados. Considerando a quantidade de equipamentos computacionais em uma mesma sala, é imaginável que a demanda por energia seja alta, assim como a de água para resfriamento adequado.
Um data center sustentável, por sua vez, tem sua estrutura planejada para minimizar o uso desses e outros recursos, com tecnologias consideradas ecológicas. Entre as medidas adotadas está a escolha de fontes de energia limpas e renováveis, como a solar, hidroelétrica e eólica, além de sistemas de refrigeração de baixo consumo e controle de baixa emissão de carbono nas operações.
Aliás, a neutralidade de carbono é tópico de discussão na hora de projetar e implementar novos data centers, visando a preservação ambiental e da biodiversidade, o que também se reflete no descarte adequado de equipamentos que não podem mais ser reutilizados.
Uma métrica para cada ponto de atenção
Em termos de prioridades para medir a eficiência de um data center sustentável, a implementação de metas de sustentabilidade é imperativa e útil para os negócios. Mensurar o impacto das operações nas esferas social e ambiental permite com que a companhia trace planejamentos voltados a resultados mais alinhados ao seu propósito.
Dessa maneira, os seguintes indicadores passam a nortear ações e decisões empresariais em ESG:
- Water Usage Effectiveness (WUE) – eficácia da utilização da água;
- Carbon Usage Effectiveness (CUE) – eficácia da utilização de carbono;
- Space Usage Effectiveness (SUE) – eficácia da utilização do espaço;
- Grid Usage Effectiveness (GUE) – eficácia da utilização de rede;
- Power Usage Effectiveness (PUE) – eficácia da utilização de energia.
Com esses indicadores, a otimização de todos os recursos pode ser monitorada e aprimorada ao longo do tempo, gerando economia e o controlando o impacto das ações.
Se bem que estes indicadores foram criados a partir de uma avaliação teórica do que faz sentido medir, na prática apenas o PUE vem sendo usado em larga escala. Isso porque em alguns casos são medições complexas e não trazem tanta informação adicional ao cenário atual. A medida que avancem as ações de ESG pelo segmento, as demais medidas devem começar a aparecer com mais frequência.
Investir agora para colher mais tarde
Embora data centers sustentáveis demandem investimento mais alto em sua construção e implementação, o retorno não é apenas ambiental a longo prazo: seu custo total de propriedade (TCO) é mais baixo e há mais economia em geri-los.
Isso porque suas instalações são capazes de manter elevado nível de operações ao longo do tempo, ainda mais com o auxílio de manutenções preditivas que estão chegando ao mercado. Além disso, com incentivo governamental para construção de data centers ecologicamente responsáveis e o aumento no custo da energia, o quanto antes a migração para o modelo sustentável for feita, melhor.
Na Cirion, por exemplo essa preocupação é seguida à risca. Afinal, seguimos na meta de descarbonizar nossas operações na América Latina, zerando as nossas emissões até 2050. Para conseguir isso, utilizamos data centers que empregam matrizes de energia elétrica oriundas de fontes renováveis e utilizam as mais recentes tecnologias em hardware, que garantem baixa latência e segurança no fluxo de dados enquanto operam em temperaturas mais altas. Nisso, demandam menos gastos com resfriamento.
Por isso, quando buscar um parceiro que entende os desafios de TI da nossa região e oferece infraestrutura que, além de segura procura ser mais sustentável, conte com a Cirion.
[i] Segundo a pesquisa conduzida pela consultoria Persistence Market Research.
*Rodrigo Oliveira – Diretor de Negócios – Data Center, Cloud & Security Cirion, Brasil. Com mais de 30 anos de experiência no segmento de Data Center e Telecomunicações, Rodrigo traz para os clientes da Cirion o direcionamento necessário para aproveitar a tecnologia a favor da expansão dos seus negócios. Atuou em diversas multinacionais no Brasil, ajudando a construir a operação da Diveo no país. Também foi presidente da unidade da UOL Diveo na Colômbia, quando realizou a venda da filial a Riverwood/Synapsis. Esteve também no comando da Matrix Datacenter