Filantropia amor e fé
Sou Igrejinha eu trago axé
Lá vem Balut grande paixão
De um homem nobre de coração
Zahran vai ficar em nossa história
Como um menino vencedor
Tocou o sino furiosa bateria
Convocando pra folia
Nesta noite de esplendor
Grande brasileiro nascido em bela vista
A princesinha do Apa teve então o seu filho mais ilustre
Filho de imigrantes libaneses comerciantes por vocação
Sua mãe foi de encontro ao destino
Se encantou e lhe pediu um fogão
A chama da idéia que floresceu
Um bravo guerreiro movido a gás
Carrossel da alegria vou engarrafar
A chama ardente que não pode faltar
Brilhou o ouro da chama azul, a revolução
Tornou-se empresário da telecomunicação
Óleo Laila um tesouro
No cinema fez sua parte
No esporte sua dedicação
Patrocínio a um futuro campeão
As pessoas são como a música algumas tocam a nossa vida, mas tem uma especial que é nossa trilha sonora e assim esta história tem a participação de Rose Padilha, que conta em particular a história interessante e diferente do homenageado de hoje. Certo é que existe uma divergência entre os historiadores sobre a origem do violão; mas é pacificado que o violão encontrou terreno fértil em nossos sentimentos. Músicos virtuosos e são reconhecidos por seu estilo e variação de estilos. A primeira notícia que se tem vem do século XVII na região de São Paulo e que foi vendida por dois mil réis e pertencia a um bandeirante – Sebastião Paes de Barros. Já a viola encontramos o escritor Mário de Andrade citando em suas obras Cornélio Pires para quem a viola era uma companheira.
O homenageamos neste artigo um dos maiores violonistas de Campo Grande, que além de se apresentar na vida noturna campo-grandense, faz base para o samba enredo e participa ativamente dos desfiles da Igrejinha, a maior campeã do Carnaval da capital. E seu trabalho pode ser ouvido no samba “De sonho e trabalho um império de fez” com letra de Beto Melodia e o cavaquinho estonteante de Paulo Freire. Entretanto, sua história de vida e de luta começa bem antes em 06 de junho de 1969 foi deixado em uma caixinha na porta de sua atual família aonde ao lado de três irmãs conheceu o que é amor e dedicação. Ele ainda guarda em seu coração a ideia de conhecer algum irmão biológico que possa ter, mas não há elementos nenhum para se começar uma busca, apenas a esperança e a vontade de saber…porque?
Mas isto não tirou a vontade de viver, ao contrário ama seus pais e é muito agradecido pelo desprendimento e carinho reservado desde tenra idade e sua história pelo que se lembra começa aos dez anos quando seu pai deu duas opções uma aula de violão ou uma aula de judô. Sem titubear pulsou na veia a paixão pela música e lembra que seu primeiro professor tinha o nome de Ângelo e em seguida no próprio Colégio Dom Bosco, escola tradicional de Campo Grande continuou seus estudos com o professor Jorge com o violão herdado de sua irmã Elizabeth Salamene, que tentou aprender mas desistiu. Continuou sua saga pela música cantando no coral da escola.
A música sempre foi coadjuvante em sua vida e por isto encontrou dificuldades para ensaiar e de dispor tempo para aperfeiçoar sua arte. Paralelamente quer se especializar na profissão de contador e assim é Carlos Miguel Salamene, pessoa que sabe que os dias de tempestade fazem valorizar os dias de sol . Sabe também que ao chamado da música ele sempre vai atender pois a saudade não envelhece com o romantismo e certamente Carlos, quanto mais enveredar pelos seus sonhos se encantar os corações dos apaixonados Deus em sua infinita sabedoria vai retribuir contemplando seus mais íntimos desejos. A música é assim, a música faz isso, vai dedilhando seus sonhos que seu porvir é grandioso.
(*) Articulista
Matéria de contador a cantador. Belíssima homenagem ao meu irmão. Parabéns ao autor