A dessecação da soja é uma prática comum na agricultura, seja para antecipar o plantio do milho safrinha ou para eliminar plantas daninhas. A dificuldade, porém, é avaliar o momento correto desse tipo de manejo na lavoura. Para orientar produtores rurais, acadêmicos e empresários sobre o tema, o Showtec 2019 contou com uma palestra do engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Paraná, Fernando Adegas, especialista em manejo de plantas daninhas. O evento segue com palestras e demonstrações até o dia 18, em Maracaju.
De acordo com Adegas, o período da dessecação pode interferir diretamente na produtividade dos grãos. “É comum ter perdas de até 40% na produtividade caso a dessecação seja feita em um momento errado. O produtor precisa monitorar o plantio e saber o momento exato e, principalmente, o motivo que o levou a aplicar esse manejo”, afirmou.
A dessecação é geralmente a opção para eliminar plantas daninhas que podem prejudicar a plantação ou mesmo para destruir as hastes verdes, que são plantas verdes que não vão maturar e que, por isso, podem atrapalhar a colheita. “Pode ser a saída para o produtor rural uniformizar as plantas e evitar perdas futuramente”, complementa. A prática também é comum para quem quer antecipar o plantio do milho safrinha. “A atenção é para o período que isso deve ser feito, evitando deixar resíduos que possam atrapalhar no próximo plantio”, aponta.
Os circuitos hidráulicos, pulverizadores e suas diferenças também foram explanados ao público, além de suas funções e sobre como eles podem interferir de forma positiva ou negativa no resultado da aplicação no campo. Aspectos que incluem seleção de pontas de pulverização e parâmetros de perda e qualidade em aplicação de agroquímicos estarão em pauta.
O desembolso para a utilização das ferramentas foi mencionado. No caso do custo operacional da água em pulverização, a média em Mato Grosso do Sul é de R$ 10 a cada 100 litros. Já para o gasto de água em bombeamento e transporte o valor médio é de R$ 3 a cada 100 litros. “A redução do custo depende da capacidade operacional da máquina”, orienta.
Gandolfo ressalta a necessidade de se observar a configuração geral dos equipamentos e análise, dentro da configuração do circuito. Dessa forma, é possível entender quais os problemas que ele poderá gerar no uso rotineiro daquela máquina, de modo que o produtor possa usar alternativas que evitem a ocorrência deles e, portanto, melhore a qualidade da aplicação e, consequentemente, o controle dos agentes de danos.
Foram discutidas, ainda, alternativas de aplicação e correção, e como agir caso a máquina apresente alguma falha. O processo envolve a calibração de precisão e coleta em todas as pontas e aferição do fluxo da máquina, identificação e diferença de vazão em cada uma das pontas, com o objetivo de identificar na barra de pulverização, os locais onde pode acontecer a subdose, corrigindo assim os erros antes da aplicação”, aponta o especialista.
Sobre o Showtec
O Showtec é uma feira anual onde são apresentados produtos e serviços ligados ao setor agropecuário, lançamentos, inovações tecnológicas, sistemas de produção, palestras técnicas e resultados de pesquisas que contribuem para a sustentabilidade do segmento. A feira é destinada aos produtores e empreendedores rurais, técnicos agrícolas, acadêmicos, entre outros, e leva informações de forma direta e aplicável.
O evento é realizado pela Fundação MS e promovido pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Sistema OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras) e Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), contando com patrocínio do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Sicredi. O Showtec conta, ainda, com o apoio da Prefeitura Municipal de Maracaju, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Semagro, Fundems, Banco do Brasil, Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (Febrapdp), Embrapa, Safras e Mercado, Rede ILPF, Agrisus, BioSul e Camiseta feita de pet. Como mídia oficial, conta com o Canal do Boi.
Fonte: Sato Comunicação