Dia da Educação Ambiental: como créditos de carbono transformam realidades

No Pará e no Mato Grosso, iniciativas em projetos de conservação e desenvolvimento socioeconômico capacitam crianças para proteger os biomas brasileiros

Belém (PA) — Neste domingo, 26 de janeiro, é celebrado o Dia Mundial da Educação Ambiental, uma data crucial para reforçar a importância da conscientização ambiental e a construção de um futuro mais sustentável. Em diferentes regiões do Brasil, iniciativas de educação ambiental têm desempenhado um papel essencial na formação de novas gerações, preparando comunidades para lidar com desafios ambientais e promover a conservação dos biomas nacionais.

Ação de educação ambiental em projeto de crédito de carbono no Pará (Imagens: Marcio Nagano / Carbonext)

Nesse sentido, programas de educação ambiental inseridos em projetos de crédito de carbono, como o Caapii e o Tatuy, da Carbonext (no Pará e no Mato Grosso, respectivamente), têm impactado positivamente crianças e jovens. Confira como iniciativas como essas podem ajudar as futuras gerações a compreenderem o papel da conservação florestal e da sustentabilidade no dia a dia, garantindo a continuidade dos projetos, a manutenção da fauna e flora local e a permanência das comunidades em seus territórios.

Projeto Caapii: conscientização sobre a importância do Rio Capim

Em Paragominas, o Projeto Caapii desenvolve atividades voltadas à educação ambiental para estudantes das escolas locais, como a Escola Bom Pastor e a Escola Princesa Isabel. No distrito de Canaã, situado às margens do Rio Capim, as iniciativas abordam temas como serviços ecossistêmicos do rio, biodiversidade local e gestão de resíduos sólidos, fundamentais para conscientizar as novas gerações sobre a interdependência entre o meio ambiente e a qualidade de vida.

A ação que a Carbonext realizou em novembro de 2024 com os alunos do 5.º e 6.º anos da Escola Bom Pastor foi maravilhosa”, destaca Morgana Silva, professora da escola. “Os alunos conheceram algumas espécies da fauna e flora local e perceberam o quão necessário é protegermos e cuidarmos do nosso meio ambiente para garantirmos um futuro com qualidade de vida e em equilíbrio com a natureza. Estamos ansiosos por mais ações desse tipo em 2025”, afirma.

Para este ano, está previsto um programa estruturado em cinco encontros, que abordará o papel do rio, a fauna local e a gestão de resíduos, promovendo uma educação ambiental ainda mais profunda e engajadora. A comunidade do distrito de Canaã conta com aproximadamente 500 famílias e as ações do projeto já atingiram cerca de 120 crianças em ambas as escolas locais, que serão agentes ativos na conservação da Amazônia.

Morgana Silva professora da Escola Bom Pastor, beneficiada pelo projeto Caapii (Arquivo pessoal)

Projeto Tatuy: sustentabilidade e mudanças climáticas no centro do debate

No Mato Grosso, em Tabaporã, os moradores das comunidades atendidas pelo Projeto Tatuy participam de atividades educativas que estimulam a conscientização ambiental desde a infância. Apenas na comunidade Americana do Norte, cerca de 300 famílias​ são beneficiadas pelo projeto. A Escola Municipal Lili Maria Konzen e Escola Estadual Zuleide dos Santos Barros são palco de oficinas interativas sobre mudanças climáticas, sustentabilidade na agricultura e preservação da fauna.

“Levamos ferramentas como microscópios e óculos de realidade virtual, proporcionando aos alunos uma visão mais ampla dos desafios ambientais e incentivando a construção de um futuro mais sustentável”, afirma Ricarla Viana, analista social da Carbonext. A Feira de Ciências, realizada em novembro de 2024, foi um marco nas atividades do projeto. Alunos apresentaram projetos inovadores, como uma maquete que demonstra os impactos das queimadas, sensibilizando a comunidade para a realidade ambiental da região.

Feira de Ciências com óculos de realidade virtual em projeto no Mato Grosso (Imagens: Marcio Nagano/Carbonext)

A educação ambiental como ferramenta de transformação

A educação ambiental desempenha um papel vital na preservação das florestas e na preparação das comunidades para os desafios do futuro. Projetos de crédito de carbono do modelo REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), como os desenvolvidos pela Carbonext, têm duração de 30 a 40 anos e se baseiam na conscientização como um dos pilares para a sustentabilidade a longo prazo.

Formar as novas gerações é essencial para transformar realidades locais e garantir a proteção dos biomas“, reforça Carla Lorena Rosa, analista social da Carbonext.

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