São Paulo (SP) – As atividades digitais estão frequentemente na vida das crianças que é difícil imaginar no dia a dia a ausência desses recursos tecnológicos. Investir em brincadeiras manuais, assim como controlar o uso de meios digitais, são essenciais para o desenvolvimento cognitivo, motor e das percepções sensoriais da criança.
A importância de valorizar o poder da brincadeira se conecta com o Dia Mundial da Educação, celebrado tanto no Brasil como em diversos países no dia 28 de abril. É um movimento global para qualificar o ensino e torná-lo acessível a todos.
Brincadeiras manuais e sem tela, como interações de recorte e colagem, estimulam as funções motoras e cognitivas no desenvolvimento infantil, permitindo que a criança seja a verdadeira protagonista da recreação.
O ato de recortar e fixar figuras permitem à criança criar o seu próprio universo, diferentemente de atividades com dispositivo eletrônico, que em muitas vezes a colocam em uma posição reativa, como um espectador. E, ao definir o próprio caminho da interação, possibilitam incentivar a tomar decisões, a desenvolver a autoestima, entre outras competências socioemocionais.
A preocupação com a segurança dos itens de manuseio das crianças também deve ser levada em consideração. Para atividades de colagem, por exemplo, o adesivo deve ser livre de solventes, como a cola Bastão Pritt, que reúne 97% de ingredientes naturais, como batata e açúcar, com maior poder de colagem – por possuir menos água em sua fórmula.
“A fase infantil é marcada pelas experimentações e aprofundamento das percepções sensoriais. E nada mais saudável do que evoluir brincando. Algumas interações manuais têm a vantagem de desenvolver competências socioemocionais já na montagem, como em uma atividade de fixar peças ou figuras com adesivo, quando a criança é estimulada a explorar a criatividade e a imaginação. Isso ajuda também na integração social, quando as tarefas são realizadas com mais pessoas”, destaca Beatriz Negrão, gerente de marketing da Pritt, adesivo infantil da Henkel.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) criou um guia para uma educação mais saudável e menos digital. O Manual de Orientação da SBP incentiva o fomento de brincadeiras analógicas, aquelas sem recursos eletrônicos, em vez de entregar o celular para as crianças com o intuito de distraí-las.
Segundo a entidade, a prática de deixar o celular ou games com tela por longos períodos na mão das crianças é chamada de “distração passiva”, que pode expor a criança “à publicidade e conteúdos inadequados, o que produz efeitos na convivência e na saúde física e mental, além da perda de contato com o mundo real e com as relações presenciais, gerando maior propensão ao sedentarismo, à obesidade e suas consequências”.