A cerâmica é uma arte milenar com grande importância na história da humanidade, presente em quase todas as civilizações desde a antiguidade. Hoje a técnica é utilizada na produção de obras de arte, utensílios, itens decorativos e também na construção civil. Para homenagear os profissionais que se dedicam a perpetuar essa arte, é comemorado no dia 28 de maio, próxima terça-feira, o Dia do Ceramista. Na ocasião, a marca Maria Karaguatá realiza na Casa Nuvem, a partir das 18 horas, um evento com exposição de obras de ceramistas de Campo Grande, demonstrações de técnicas e palestras
Em Mato Grosso do Sul, a Maria Karaguatá e o ateliê Udu Cerâmica Artesanal são dois representantes que se destacam por um trabalho único e diferenciado. “Trabalhar com cerâmica é um processo que exige muita paciência, mas também é muito apaixonante, porque você pode criar um mundo de coisas a partir da argila e eu acho isso incrível”, define Joana Milano, uma das proprietárias do ateliê Udu.
Maria Celina Recena, fundadora da marca de acessórios Maria Karaguatá, teve seu primeiro contato com a cerâmica na adolescência, acompanhando o trabalho da mãe. Depois que se aposentou da rotina corrida de professora universitária, há cerca de três anos, ela resolveu se dedicar novamente a essa paixão, e descobriu nos colares uma aplicação diferenciada da técnica. “Sempre adorei colares, e vi na cerâmica uma oportunidade de criar algo diferente, lúdico. O processo de criação de peças envolve diversas etapas, cada qual com seus encantos e desafios. Só vamos saber realmente o resultado final quando retiramos as peças da queima de esmaltes, é uma grande expectativa”, conta a empresária.
Processo artesanal
A diversidade de possibilidades que a cerâmica oferece também encanta Joana, que assim como Maria se apaixonou pelo trabalho motivada pela mãe, que sempre sonhou em ter um ateliê. O sonho se tornou realidade em 2012 com o espaço fundado em Bonito/MS, que hoje emprega cerca de 11 pessoas. “O trabalho com cerâmica é muito complexo, envolve fatores como o clima, o forno, a variação das matérias-primas, então cada peça acaba sendo única, e pra nós essa é a beleza”, explica.
Da criação até as peças estarem prontas o processo demora no mínimo 20 dias, e exige muita dedicação e paciência. “A cerâmica é um caminho sem volta, o que mais me fascina é pensar que vou trabalhar com isso pro resto da vida, até ficar velhinha, porque é um ofício que não tem idade”, garante Joana.
Serviço: Em comemoração ao Dia do Ceramista, no dia 28 (terça-feira) a partir das 18 horas a Maria Karaguatá, em parceria com a Casa Nuvem, estará promovendo um evento com exposição de obras de ceramistas de Campo Grande, demonstrações de técnicas e palestras. A entrada é franca, a Casa Nuvem fica localizada na Rua Prof. Xandinho, 126 – Vila Antonio Vendas.