Na próxima terça-feira (01/12) é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, uma doença que teve o primeiro caso diagnosticado há quase 40 anos nos Estados Unidos e que deixou a população em pânico, já que sua causa era desconhecida e a expectativa de vida dos infectados era de poucos meses.
A data serve para reforçar a importância da prevenção contra o vírus HIV, que pode ser transmitido por relações sexuais sem uso de preservativos, compartilhamento de agulhas e seringas, manipulação de feridas e líquidos corporais sem luvas e transfusão de sangue contaminado, mas também para acabar com o estigma causado pela doença que, de certa forma, coloca as pessoas infectadas em condição discriminatória na sociedade.
Neste ano, porém, com a pandemia da Covid-19, sabemos que as pessoas que portam o vírus da Aids estão mais suscetíveis a contrair o caso mais grave do novo coronavírus. “As pessoas infectadas com o vírus HIV podem ter sua imunidade baixa e, com isso, correm o risco de contrair as formas mais graves da Covid-19. Existem estudos em andamento para saber se os medicamentos contra o HIV podem funcionar para o coronavírus também, mas ainda não há comprovação”, explica o médico infectologista da Unimed Campo Grande, Dr. Maurício Pompilio.
Mesmo com o crescente número de casos confirmados de Covid-19 não só em Mato Grosso do Sul, mas em vários Estados do Brasil, é importante que os testes de HIV continuem disponíveis na rede de saúde e que os portadores do vírus não interrompam o tratamento antirretroviral. “Se deixarmos de testar achando que a única doença transmissível é a Covid-19, muitas pessoas poderão se infectar com o HIV ao fazer sexo desprotegido, por exemplo, acreditando falsamente que a Aids está controlada”, pontua o infectologista.
Pompilio destaca ainda que assim como qualquer pessoa que apresente sintomas como tosse, febre ou falta de ar nesse período de pandemia deve procurar o seu médico ou a unidade de saúde mais próxima para ser avaliado e confirmar por meio de testes se é um caso de Covid-19.
Vale lembrar que ao sair de casa é preciso manter os protocolos de segurança como o distanciamento social, higienizar as mãos com frequência e usar máscara o tempo todo.