Os direitos humanos são um metaprincípio coberto de valores. Eles incluem, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação.
E para discutir essa problemática, a Universidade Presbiteriana Mackenzie promove, no próximo dia 20 de agosto (segunda-feira), às 9h, no Auditório João Calvino (Rua da Consolação, 930 – São Paulo), debate e palestra sobre “Direitos Humanos e a Mídia” com a presença da Comissária da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), profa. Dra. Flávia Piovesan, que falará sobre o tema “Direitos Humanos ou direitos de mano – O papel da mídia na (de)formação dos Direitos Humanos”, com participação dos especialistas do Poder Judiciário e de Direitos Humanos como a profa. Paula Monteiro Danese – que atuou no Conselho de Segurança da ONU na busca pela Paz e Segurança Internacional –; do prof. Dr. Luiz Alberto de Farias, PhD em Comunicação e Cultura, com pesquisas na Integração da Comunicação na América Latina; de Flávio Grossi, Luciana Ferreira, Gabriel Carmona, Rayane Rocha e José Carlos Mascari Bonilha.
O evento será composto por seis painéis, com duração de 15 minutos, nos quais cada especialista discorrerá sobre o assunto. Ele consiste na reflexão do tema com os valores éticos, o respeito à vida e à dignidade, com a realidade que encontramos nos veículos em todas as cidades brasileiras, principalmente nos grandes centros. Ao final, pretende-se produzir um documento sobre as ações que devem ser encaminhadas para a melhora nas relações, as concepções de direitos humanos e as formas de abordagem do assunto.
Direito e a mídia
Hanna Arendt, filósofa alemã, afirma que os direitos humanos estão sempre em um processo de atualização e reconstrução. E, neste passo, a mídia, por qualquer de suas formas de comunicação, contém um eixo estruturante ao por em questão as reivindicações dos direitos humanos, ou deformá-los a ponto de levar a sociedade a tê-los como um direito de “bandidos”.
A mídia, ao agir dentro desse contexto, deixa de cumprir com o seu papel constitucional de atuar pautada nos valores éticos e sociais da pessoa e da família. Ao invés de formar valores, propagar ideias e influenciar comportamentos positivos, o que acaba estando no texto e contexto de alguns órgãos da grande imprensa é a reprodução debochada dos direitos humanos como “direito de mano”, deslegitimando seu papel protetor universal e, em certa medida, fazendo apologia da violência, preconceito e opressão.
O evento é aberto ao público, não sendo necessário inscrição para participação.
Serviço
Palestra e Debate: “Direitos humanos ou direitos de mano”. O papel da mídia na (de)formação dos direitos humanos
Data: 20 de agosto
Horário: 9h
Local: Auditório João Calvino