Com as mudanças previstas para a economia brasileira, a partir do novo Governo que entrará em vigor em 2019, algumas pessoas veem perspectivas para manter suas empresas e iniciar novos negócios, seja em território nacional ou internacional. Ainda assim, ressalvo que devemos deixar as expectativas um pouco de lado, para assim evitar possíveis decepções e estruturar melhor qual estratégias será adotada.
Há alguns anos, o L1 havia se tornado o principal visto solicitado por brasileiros para abrir uma empresa porque era feito através de um caminho mais simples. Com uma empresa aberta, bastava movimentar, entregar a documentação necessária e aplicar o processo. Porém, de dois anos para cá, especialistas, consultores e estudiosos do mercado, analisaram que esse cenário sofreu algumas mudanças.
A imigração percebeu que os brasileiros não são tão organizados como deveriam ser e, portanto, não seguiam toda a mecânica necessária para manter o negócio. Isso acontece porque os empresários e seus sócios brasileiros costumam fazer divisão de lucro.
Tendo em vista que o Governo do Brasil é o maior sócio de todos os brasileiros, muitos empresários têm mais de uma empresa para distribuir e evitar que as inúmeras taxas e impostos torne o negócio totalmente inviável. Muitos dividem seus lucros para proteger, de alguma forma, seu patrimônio sobre uma série de fatores, principalmente sobre uma fragilidade jurídica que existe no Brasil, seja em questões trabalhistas ou de inadimplência.
O maior problema, como já comentei outras vezes, é que o empresário brasileiro é confundido com instituição financeira, mas tem que vender a prazo e sem juros, enquanto o banco não lhe oferece prazos pontuais e lhe cobra juros altíssimo.
Esse sistema sufoca e faz com que os gestores busquem artifícios que podem atrapalhar a análise processual que compromete o visto L1, uma vez que esses números fogem da empresa que está em funcionamento nos Estados Unido, que deve ter uma base mais sólida, planejada e estruturada.
Por conta deste cenário, as expectativas dos solicitantes não foram atendidas em razão de algumas deficiências divergentes de documentação. Isso resultou não no mal funcionamento do L1, mas pelo simples fato que as empresas não estavam 100% redondas.
Pequenos negócios podem ser a solução
Além de experiência e habilidade, é necessária persistência para se manter dentro dos negócios. Percebi que o brasileiro tem o costume de procurar caminhos mais curtos, fáceis e baratos, o que normalmente pode gerar uma catástrofe.
Antes de iniciar seu investimento, analise com meticulosidade o mercado em que você pretende entrar. Já vi muita gente quebrando a cabeça e gastando tudo o que tinha para manter algo que não havia dado certo, por falta de conscientização.
Recentemente, comentei sobre o mercado de luxo, especificamente em Miami. Este segmento, em 2017, movimentou 8,9 bilhões de dólares na cidade, com crescimento de 12,6% ao ano.
Por isso, levanto essa questão mais uma vez, pois vejo muito potencial nesse segmento, que raramente passa por crises. Acredito muito nesse mercado porque seus clientes buscam algo exclusivo, e consequentemente tem possibilidade de pagar um pouco mais por isso.
Mas reforço que, independentemente do nicho de mercado que você almeja, é importante contratar uma consultoria de negócios que irá auxiliar a como economizar, contribuindo com um suporte necessário para qualquer investimento.
*Daniel Toledo é advogado especializado em direito internacional, consultor de negócios e sócio fundador da Loyalty Miami. Para mais informações, acesse: http://www.loyalty.miami ou entre em contato por e-mail contato@loyalty.miami. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 55 mil seguidores http://www.youtube.com/loyaltymiamiusa com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender nos Estados Unidos. A empresa agora possui sede em Portugal e na Espanha.