“O colorido suave das paredes proporciona uma sensação de bem-estar. A sombra das árvores em cima do parquinho permite o contato das crianças com o vento, com a natureza. Os brinquedos internos e externos são bem cuidados. Os móveis têm os cantos arredondados. A turma não é pequena, mas o espaço da sala é amplo”, descreve a designer de interiores Marcia Ivanov ao contar o que a fascinou ao buscar a escola ideal para o filho.
E esta tarefa costuma ser uma longa jornada de visitas e avaliações até se encontrar tudo o que se pretende proporcionar ao filho. Para Marcia, outros detalhes aparentemente secundários também chamaram a sua atenção: “Apesar das grandes janelas que arejam o ambiente, sempre que necessário o ar condicionado e o umidificador são ligados. O banheiro tem cheirinho bom e as peças são proporcionais ao tamanho das crianças. A TV só é ligada na hora da saída, enquanto elas esperam pelos pais”.
Com o fim do ano letivo se aproximando, a preocupação dos pais com a educação dos filhos vai aumentando. Os questionamentos são muitos: qual a escola ideal para os pequenos? Trocar ou não de colégio? O que a instituição oferece e o que mais poderia proporcionar?
Para a publicitária Juliana Ottoni, um dos principais personagens para o desenvolvimento da criança durante o período em que estão na escola é o professor. Por isso, ela afirma que, ao conhecer uma escola, procura observar o comportamento das “tias” nas situações do dia a dia, os tipos de brincadeiras e as atividades. “Queremos o melhor ensino para nossa filha, mas, acima de tudo, queremos segurança e atenção, o que não significa falta de limites. Afinal, assim como em casa, as crianças devem aprender a dividir e a respeitar o outro”, acrescenta.
No caso do jornalista Gesiel Rocha, a busca é por uma escola que, além de infraestrutura adequada, ofereça uma metodologia que enxergue o aluno como cidadão, investindo em aspectos humanos e na formação de caráter. “É extremamente importante considerar se a instituição reconhece o aluno como um indivíduo em desenvolvimento ou se o vê apenas como mais um número na contabilidade. Também é essencial a qualificação, a qualidade técnica e o aperfeiçoamento constante dos professores”, complementa.
Assim como o perfil e os hábitos das famílias são diferentes, as instituições de ensino também possuem metodologias e rotinas diferentes. Independentemente das distinções, alguns aspectos devem ser levados em consideração. Veja a seguir algumas dicas para ajudá-lo nessa tarefa.
Dicas
Custo benefício: avalie no orçamento familiar qual o valor disponível para educação dos filhos, levando em consideração que a distância e o tempo gasto no transporte influenciam nesta despesa.
Espaço físico e estrutura adequada: a necessidade do espaço físico pode variar de acordo com a faixa etária do estudante. No entanto, limpeza e segurança são requisitos básicos.
Profissionais qualificados: juntamente com a proposta pedagógica da escola, é importante avaliar a qualificação e formação dos educadores que compõem o quadro da instituição.
Socialização: a criança e o adolescente passam grande parte de suas vidas na escola e, por mais que a responsabilidade de educar seja da família, os educadores têm um papel de destaque na formação do aluno. Por isso, avalie o ambiente de socialização e as ações realizadas para desenvolver o aluno como cidadão.