Está cada vez mais confusa e complexa a conclusão das obras do Aquário do Pantanal, localizado no Parque das Nações Indígenas, nos Altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Muitas empresas estão decidindo deixar o empreendimento por causa dos sucessivos escândalos de corrupção envolvendo algumas empreiteiras responsáveis pela mesma.
A previsão era que a obra, iniciada em 2011, com um custo de R$ 84 milhões, tivesse sido concluída em 2014, ainda na gestão do ex-governador André Puccinelli. Ao todo, a construção do Aquário do Pantanal já consumiu cerca de R$ 300 milhões, e ainda há muito o que fazer dentro do canteiro de obras.
Após as empresas Egelte Engenharia e Proteco Construções terem deixado o canteiro de obras, tendo inclusive retirado todos os seus funcionários, chegou a vez da Empresa Fluidra Brasil Indústria e Comércio Ltda decidir por parar todas as atividades, sob o argumento de que sem o apoio das demais empreiteiras, fica difícil continuar sozinha no local.
A Fluidra Brasil Indústria e Comércio, empresa espanhola, foi contratada para cuidar do sistema de suporte à vida do Aquário do Pantanal, serviço pelo qual cobrou cerca de R$ 29 milhões.
Caso a empresa espanhola decida abandonar mesmo o projeto, sem tê-lo concluído satisfatoriamente, o canteiro de obras ficará completamente abandonado, e sua conclusão ainda este ano ficará impossível de se tornar realidade.
Esta semana, uma comissão formada por deputados estaduais, entre eles Amarildo Cruz (PT), Lídio Lopes (PEN) e Márcio Fernandes (PT do B), estive no canteiro de obras e visitaram o prédio onde deve funcionar o Aquário do Pantanal. Na saída, eles disseram aos jornalistas presentes, que aproximadamente 85% das obras já estão concluídas, mas que ainda há muito o que fazer, e que somente em 2017 as obras serão de fato concluídas.
A Proteco Construções deixou o canteiro de obras do Aquário do Pantanal por recomendação do Ministério Público Federal (MPF), porque a mesma está envolvida em um esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica.
Já a Engelte Engenharia deixou a obra por vontade própria, porque durante as licitações, havia sido substituída pela Proteco.
Procurada pela reportagem, a Empresa Fluidra Brasil Indústria e Comércio preferiu não comentar o assunto.