Enchentes e doenças: saiba os riscos e como se proteger

Leptospirose, hepatite A e infecções gastrointestinais podem ser transmitidas pela água da chuva que se mistura com esgoto durante as enchentes; risco de dengue e outras arboviroses também aumenta

O verão chegou trazendo chuvas intensas e enchentes em diversas regiões do Brasil. O clima tropical-úmido, o relevo acidentado, as mudanças climáticas e o crescimento desordenado das cidades tornam esses episódios cada vez mais frequentes e severos.

Foto: Reprodução

Além dos estragos materiais e do perigo das correntezas, a água contaminada dos alagamentos também pode espalhar doenças graves, como leptospirose, hepatite A e infecções gastrointestinais.

Infelizmente, ainda há muita poluição em rios, córregos e galerias pluviais que cortam as cidades. A urina de ratos nesses locais transmite doenças, e a presença de coliformes fecais e vírus agrava a contaminação. Quando essa água suja se mistura a agua da chuva durante as enchentes, o risco de infecções aumenta” explica o infectologista Orlando da Conceição, do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco.

A leptospirose, transmitida pela urina de roedores, por exemplo, pode levar a insuficiência renal e hemorragia pulmonar. A hepatite A, transmitida por um vírus presente em dejetos humanos, pode causar falência hepática. Já doenças diarreicas são comuns quando fezes contaminam as águas das enchentes.

Os sintomas mais frequentes dessas infecções incluem febre, diarreia, vômitos, dores musculares, cólicas, calafrios e olhos avermelhados. Em casos mais graves, pode haver hemorragia, muco nas fezes ou tosse com sangue. “Quem apresentar esses sinais após contato com água de enchente deve procurar atendimento médico imediatamente“, alerta o especialista.

A prevenção ideal seria evitar o contato com águas de alagamento, mas nem sempre é possível. Por isso, confira alguns cuidados importantes durante e pós as enchentes:

  • Use botas e luvas de borracha se precisar andar em áreas alagadas;
  • Lave bem as mãos e desinfete objetos e superfícies contaminadas;
  • Ferva a água para consumo ou utilize hipoclorito de sódio antes de beber;
  • Mantenha os alimentos armazenados corretamente e descarte os que tiveram contato com a água suja;
  • Fique atento aos sintomas de doenças e procure atendimento médico ao primeiro sinal.

Quanto ao tratamento, a vacina contra hepatite A faz parte do calendário nacional e deve estar em dia antes da exposição ao vírus. Já para leptospirose e doenças gastrointestinais, a consulta médica é essencial para um tratamento adequado.

Outro alerta é que as poças deixadas pelas chuvas também favorecem a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue e outras arboviroses. “A população e o poder público precisam atuar no controle desses criadouros. Qualquer quantidade de água parada é suficiente para proliferação do mosquito”, reforça o infectologista do São Luiz Anália Franco.

Com a tradição e a excelência da marca São Luiz, uma das mais tradicionais do país, o hospital, localizado na zona Leste de São Paulo, oferece atendimento em diversas especialidades, entre elas infectologia, além de serviços como pronto-socorro adulto e pediátrico, Centro Médico de Especialidades, Centro de Oncologia e Cirurgia Robótica.

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