Em 05 de novembro, a Énois lança o livro que conta a história de 13 anos de atuação da entidade no fortalecimento do jornalismo (veja como apoiar a Énois e comprar o livro aqui). Uma organização que nasceu em 2009 como uma utopia, virou uma prática e hoje se espalha por todo país. A celebração acontecerá no evento presencial, das 14h às 22h na Casa do Povo, em São Paulo, com entrada gratuita.
Com o livro, a Énois registra e abre seus processos de aprendizados, contradições, desafios, descobertas e construções possíveis no coletivo. A expectativa é que esse mergulho possa fortalecer e apoiar a diversidade no jornalismo enquanto movimento e prática. E, sobretudo, fortaleça o jornalismo nos territórios periféricos, com suas realidades, vozes e culturas.
“Énois – Uma jornada coletiva de imaginar, criar e viver o novo jornalismo” é a história de como as (já milhares de) pessoas, que passaram e construíram a Énois, se olharam, incluíram seus questionamentos e foram desenvolvendo processos de produção a que humanizam as pessoas (incluindo e começando por jornalistas), inventaram caminhos de projetos e captação de recursos mais justos e testaram desenhos organizacionais e de gestão que dialogam e se ancoram nas relações.
Para pagar o custo da edição do livro e seguir cultivando um jornalismo mais diverso, a Énois está promovendo um financiamento coletivo. Ao doar a partir de R$ 20 mensais, você recebe em casa dois livros. Para apoiar e conhecer as outras opções de apoio e garantir a publicação, é só acessar bit.ly/enoisapoie. O livro também pode ser adquirido na festa de lançamento. De acordo com a co-fundadora da Énois, Amanda Rahra, o livro “comemora, celebra os encontros e olha nossa história de comunidade.”
E a Énois tem muito o que celebrar! A organização formou mais de 4 mil jornalistas e 200 organizações de jornalismo locais desde 2009, tem rede presente em todos os estados do país e distribui cerca de 40% do que capta a organizações de jornalismo parceiras. Para reunir a memória e partilhar as lições aprendidas durante esses processos formativos, o livro foi escrito a partir da construção da linha do tempo. Amanda Rahra, destaca que a ação de olhar o passado inspira a projetar os próximos passos, “pegando o que a gente vai colocar na nossa mochila e entrando no futuro de frente”.
A publicação é fruto de um trabalho de três anos de escuta e sistematização da caminhada da Énois, feita pela jornalista Natália Garcia. Para isso, mergulhou nas histórias que alicerçam a organização, escutando aproximadamente 40 pessoas que tiveram suas vidas impactadas. O desenvolvimento atravessou os medos e as incertezas provocadas pela pandemia, enfrentando a negligência do governo e chegando a uma narrativa de vozes e culturas diversas, que evidencia os princípios políticos e pedagógicos da Énois nas 105 páginas.
Para Amanda, o livro é um convite para jornalistas, comunicadoras e comunicadores “repensar o jornalismo, de trazer a audiência para o centro da produção, (focar) então para quem a gente está produzindo. Tem que repensar para quem a gente quer falar, fazer um jornalismo que represente essas pessoas”.
Natália Garcia, diz que o repertório da Énois presente no livro “são histórias que podem ser inspiradoras daqui a muitos anos. Eu acho que para várias profissões, porque ele fala de tendências”. E a construção e a história da Énois não se encerram na publicação: nela já se encontram as sementes e indícios de outras transformações que são necessárias para seguir em direção à coerência.