O setor da construção civil, por meio do Sinduscon-MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul) e da Asmeop (Associação sul-mato-grossense de Empresários de Obras Públicas), promoveu, nesta segunda-feira (24), reunião aberta para tratar do apoio do setor às reformas propostas pelo atual governo. A reunião foi realizada na Casa da Indústria, em Campo Grande, e culminou em uma carta assinada pelo Sinduscon-MS e Asmeop.
“O que queremos é um equilíbrio na Justiça. O setor produtivo não pode ser mais penalizado. Estamos diante de uma oportunidade de mudança em nosso País e apoiamos toda a bancada federal porque entendemos que todas as reformas vão viabilizar o tão sonhado desenvolvimento pleno de nossa nação”, disse Amarildo Miranda de Melo, presidente do Sinduscon-MS. Para o presidente da Asmeop, Renato Marcílio, o evento teve como objetivo esclarecer a população sobre a importância das reformas. “A sobrevivência harmoniosa e exitosa do Brasil está atrelada ao avanço das reformas. Vivemos diante de uma arcaica legislação, elevada carga tributária, das taxas de juros mais altas do mundo e de créditos escassos, inviabilizando o empreendedorismo, que contribui para geração de emprego e renda”.
O deputado federal Carlos Marun apresentou o panorama econômico nacional para reforçar a necessidade de modernização da legislação brasileira. “Essa crise é brasileira, fruto de um contexto político e econômico que nós vivemos aqui. Não é uma crise que vem de fora. Estamos com uma dívida pública que chega a 70% do PIB. São 12 milhões de desempregados, que somados a outros tantos sem trabalho digno, chegam a 25 milhões de pessoas sem trabalho, sem renda. Não há como avançar se não acelerarmos com todas as reformas que estamos discutindo”, disse.
“A construção civil é um dos segmentos que mais geram empregos imediatos em nosso Estado. Esse apoio nasce do entendimento que as reformas podem fortalecer a economia para que possamos sair desse caos econômico, social e até ético no País, que não é fruto dos últimos meses de gestão, mas dos últimos 10 anos de governo”, disse o senador Waldemir Moka. O vice-presidente da Fiems, Alonso Nascimento, agradeceu a presença das autoridades políticas e empresários. “Apoiamos esse evento porque entendemos que a atual situação econômica e política tem sufocado os setores produtivos”.
Na carta, as entidades declaram apoio à reforma previdenciária, trabalhista e tributária. “Nossas leis trabalhistas foram criadas há quase 80 anos, e já não atendem o trabalhador, e muito menos o empregador. A reforma tributária se faz extremamente necessária e urgente, por seus custos elevados de fiscalização, tributos em cascata que oneram todo o sistema e sua divergência de interpretações”, aponta o documento.
As entidades apoiam também a lei do abuso de autoridade, que virá “para punir aqueles que deveriam promover a justiça, e que, no entanto, fazem mau uso de seus papéis”.
O evento contou com a presença dos senadores Pedro Chaves, Simone Tebet, deputado federal Geraldo Rezende, secretário de estado de Infraestrutura (Seinfra), Marcelo Miglioli, diretor executivo da Asmeop, Dioscoro Gomes, diretor executivo corporativo da Fiems, Claudio Alves, ex-prefeita de Três Lagoas, Marcia Moura, presidente da Coasgo e ex-prefeito de São Gabriel do Oeste, Sérgio Marcon e o diretor regional dos Correios, Julio Gonzales.
Fonte: Sato Comunicação