São Paulo (SP) – O paulista César Grosso está na cidade de Hachioji, na província de Tóquio, no Japão, para a disputa do Campeonato Mundial de Escalada da IFSC (Federação Internacional de Escalada Esportiva). O objetivo é buscar resultados de destaque em nível pan-americano, de olho na vaga para os Jogos de Tóquio-2020. Nas classificatórias da modalidade Lead (Dificuldade), sua especialidade, o escalador brasileiro terminou como o melhor sul-americano e o sétimo entre os atletas pan-americanos. Ele já competiu, também, no Boulder (Explosão) e o próximo desafio será a categoria Speed (Velocidade), marcada para este sábado (17). César é o melhor brasileiro no ranking mundial da IFSC, em 52º lugar, e recordista brasileiro de velocidade (Speed), com a marca de 7seg14.
Para conquistar a vaga nos Jogos Olímpicos, seu grande objetivo, é preciso estar preparado para o chamado formato combinado, que reúne as três modalidades da escalada esportiva – Boulder, Lead e Speed -, como está sendo realizado em Hachioji e será no Campeonato Pan-Americano, no próximo ano, em Los Angeles, nos Estados Unidos, classificatório para Tóquio-2020 – em que a escalada fará sua estreia como esporte olímpico.
“Nos campeonatos em nível mundial, como etapas da Copa do Mundo e, agora, aqui no Japão, sempre coloco como referência os resultados dos atletas pan-americanos, pensando na disputa de 2020, nos Estados Unidos, valendo vaga para os Jogos Olímpicos. Com esse sétimo lugar, eu estou dentro do meu primeiro objetivo, que é a expectativa de ir para as finais do Pan, entre os oito primeiros. Agora é esperar o término do Mundial, para ver qual será a minha classificação”, explicou César, que tem apoio de ClimbMania, Casa de Pedra, França e Associados e SBI Outdoor.
César aproveitará os dois dias, nesta quinta (15) e na sexta-feira (16), para treinar antes da disputa da modalidade Speed, que encerra sua participação no Mundial. “No Pan, o que vai contar é a vaga olímpica, que será do melhor da competição, se ele já não estiver classificado para o Mundial ou em outro campeonato até lá. Por isso, o importante é evoluir constantemente, física e tecnicamente, trabalhando para chegar bem em Los Angeles. Tanto na modalidade Lead, como no Boulder, alguns detalhes na escalada fizeram com que parasse aqui nas classificatórias. Poderia ter entendido melhor a saída do segundo Boulder e tocado uma agarra a mais, por exemplo, e aí ganharia várias posições no campeonato. São pequenos detalhes que mudam tudo”, completou César.
As três categorias da escalada – A escalada esportiva é praticada em paredes artificiais. No Boulder, categoria voltada para explosão, os atletas competem em paredes baixas, sem cordas, realizando movimentos fortes e explosivos. A escalada conta ainda com Lead (Dificuldade), disputada em paredes altas, com vias inéditas, de alta dificuldade, vencendo quem chegar mais alto, e com a Speed (Velocidade), em que dois escaladores enfrentam a mesma via, ganhando quem for mais rápido.
Principais conquistas – César conquistou seu primeiro título brasileiro – Lead em 2003. De 2006 a 2009, comemorou em Lead e Boulder, assim como em 2012, sendo o único hexacampeão brasileiro de escalada de dificuldade. Ao longo da carreira foi campeão sul-americano – Lead; vice-campeão pan-americano – Boulder; vice campeão sul-americano – Boulder; top 5 pan-americano – Combinada; seis vezes campeão brasileiro – Lead; quatro vezes campeão brasileiro – Boulder; duas vezes campeão Master of Bouldering – Boulder; 15° colocado na Copa do Mundo, etapa Barcelona – Lead; melhor brasileiro overall no Mundial Innsbruck 2018; recordista brasileiro de velocidade.
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