Depósito da Editora L&PM, em Porto Alegre (RS), é atingido pela inundação

O escritório da empresa também foi alagado, e os proprietários foram hoje ao local de barco

As fortes chuvas que desde abril deste ano atingem o Rio Grande do Sul, e que já causou danos irreparáveis, além de vítimas, também vem prejudicando as empresas. Várias delas já foram atingidas.

Sede do depósito da Editora L&PM em Porto Alegre (RS) – Foto: Ivan Pinheiro Machado/L&PM – Cortesia

Nesta semana, a inundação atingiu a sede da Editora L&PM, em Porto Alegre (RS), incluindo o escritório e o depósito com mais de 900 mil livros. Os proprietários tentaram chegar ao prédio da editora em um barco para tentar resgatar documentos e os computadores, mas não conseguiram entrar.

Segundo informações do diretor da empresa, Ivan Pinheiro Machado, o depósito da editora fica localizado nas proximidades do Aeroporto Salgado Filho, que atualmente encontra-se embaixo d’água.

São 49 anos de trabalho e 900 mil livros no estoque, além de mais de 2 mil títulos ativos. Ainda não sei quando vamos poder entrar nos prédios para calcular os prejuízos”, disse Ivan Pinheiro Machado.

Ivan Pinheiro Machado disse ainda que aproximadamente 40 mil livros foram danificados e/ou destruídos, já que a umidade é prejudicial ao papel, deixando-o ondulado.

O alagamento no prédio da editora chega a 1 metro de altura e a água continua a subir, devendo “engolir” totalmente o prédio nas próximas horas.

O diretor da L&PM afirmou ainda que os lançamentos da editora estão sendo comercializados através da Distribuidora Catavento, que tem sede em São Paulo.

Ele ressalta que por enquanto não pretende pedir doações, porque ainda não possui uma estimativa do prejuízo, mas que em breve irá negociar com fornecedores e clientes/livrarias.

A L&PM é uma tradicional editora sul-rio-grandense, fundada em 1974 por Ivan Pinheiro Machado e Paulo de Almeida Lima, publicando livros de escritores perseguidos pela Ditadura Militar, como Luís Fernando Veríssimo, Moacyr Scliar, Millôr Fernandes, Eduardo Galeano, entre outros opositores do regime ditatorial.

Com informações das Agências Estado e Brasil

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