Especialistas comentam causas e consequências do aumento do desmatamento no Cerrado

De acordo com dados do INPE, área de 6.300 quilômetros quadrados foi desmatada nos últimos 12 meses no bioma, recorde da série histórica que teve início em 2017

Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO), criada e mantida pela Fundação Grupo Boticário desde 2007 – Foto: Fundação Grupo Boticário

Entre agosto de 2022 e julho deste ano, o Cerrado perdeu mais de 6.300 quilômetros quadrados de vegetação, um aumento de 16,5% em relação aos 12 meses anteriores. Os dados divulgados nesta quinta-feira, 3, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a partir de alertas do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), indicam a maior área devastada para o bioma desde o início da série histórica, de 2017 a 2018.

A maior parte do desmatamento no Cerrado está localizada na região do Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estados com forte expansão do agronegócio. O Sistema Deter aponta que a Bahia é o estado líder em desmatamento, respondendo por 26,3% de toda a vegetação devastada.

Por outro lado, o desmatamento na Amazônia diminuiu nos últimos 12 meses. Foram registrados 7,9 mil quilômetros quadrados desmatados no bioma, uma queda de 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior (agosto a julho).

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