Naviraí (MS) – No dia 08 de julho foi realizado o Dia de Campo da Mandioca em Naviraí. O evento reuniu mais de 120 pessoas numa parceria entre Copasul, Agraer, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural e o IAC, Instituto Agronômico de Campinas.
Entre os temas abordados estavam época do plantio, qualidade da rama, espaçamento e plantio mecanizado; Calagem adubação, controle do mato e poda; Variedades, doenças e controle de pragas, e ainda resultados dos trabalhos desenvolvidos pela Agraer nos municípios de Ivinhema e Naviraí. No período da tarde, os participantes fizeram uma visita até a Unidade Demonstrativa na Fazenda Santa Rosa, conhecendo novas cultivares de mandioca industrial.
Os participantes puderam acompanhar palestras com pesquisadores renomados na área, como Mariana Zatarim, Eduardo Barreto Aguiar e Teresa Losada Valle que é referência em pesquisas sobre melhoramento genético de mandioca, sendo responsável por desenvolver a variedade IAC 576-70, conhecida entre os produtores como amarelinha.
“A região Centro-Sul do Brasil é um complexo industrial muito grande, que envolve o processamento de 6 milhões de toneladas de raiz por ano. Uma região de referência de tecnologia de produção de mandioca, desde a parte agrícola até a industrial. O processo de melhoramento é longo, demanda tempo. Aqui nós trabalhamos desde 2009 e percebemos variedades com grande potencial para serem cultivados. Na região temos as características de áreas grandes, e que apresentam boa produtividade, portanto, acreditamos que as pesquisas podem trazer bons resultados”, disse Teresa. O IAC, subordinado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tem o programa de melhoramento genético de mandioca em atividade mais antigo do mundo. Desde 1935, quando iniciou as pesquisas com o tubérculo, a instituição já desenvolveu mais de 20 variedades de mandioca.