O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (MDB), foi preso na manhã desta sexta-feira (20/07) em sua residência, localizada em bairro nobre de Campo Grande, capital do Estado, por agentes da Polícia Federal (PF). Também foram presos o filho dele, André Puccinelli Júnior e o advogado João Paulo Calves.
De acordo com informações da Assessoria de Imprensa da PF, os três foram presos por determinação da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2018, que determinou a prisão de outros oito réus do mesmo caso.
Os três réus são suspeitos de lavagem e desvio de dinheiro público e já tinham sido presos anteriormente em 2017, durante a Operação Lama Asfáltica. Na ocasião, todos conseguiram um habeas corpus para responder os processos em liberdade.
As prisões ocorridas hoje foram determinadas com base em novas provas coletadas e que envolve diretamente a Empresa Ícone, pertencente a Puccinelli Júnior, que promove cursos jurídicos.
O advogado de André Puccinelli, René Siufi, considera “estranha” a prisão de seu cliente, por acreditar que a mesma foi determinada às vésperas da Convenção do Partido MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que escolherá o candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul nas eleições deste ano.
Para René Siufi, não existem novas provas que justifiquem o pedido de prisão. Ele ainda irá analisar a documentação de mandato de prisão para adotar as medidas cabíveis para a soltura de seu cliente.
Ainda de acordo com a Assessoria da PF, entre as novas provas contra os réus estão repasses da Empresa JBS à Empresa Ícone. Toda a documentação apreendida através dos mandatos de busca e apreensão serão periciadas.
Com informações da Assessoria de Imprensa da PF/MS