Uma forte explosão atingiu na manhã deste sábado (24) a frente de uma sinagoga que fica localizada na cidade de La Grande Motte, no Sul da França. Um policial ficou ferido e precisou ser levado a um hospital da região.
De acordo com informações das autoridades francesas, as causas da explosão ainda são oficialmente desconhecidas, mas já estão sendo investigada.
Aparentemente dois carros que estavam estacionados na frente da Sinagoga Beth Yaacov explodiram, sendo que em um deles havia um botijão de gás. Houve um princípio de incêndio, o qual foi rapidamente controlado e extinto pelos bombeiros.
A Procuradoria Nacional Antiterrorismo da França abriu uma investigação para apurar se a explosão foi acidental e/ou um ato terrorista. Já se sabe que um dos veículos explodiu e que o outro, por estar próximo, também se incendiou.
As câmeras de vigilância capturaram por volta das 08h30min (horário local), imagens de um homem incendiando um dos veículos. As autoridades policiais locais estão tentando identificar e localizar o suspeito, que se encontra foragido.
Duas das portas da sinagoga foram seriamente danificadas pela explosão e, posteriormente, pelo incêndio. O templo religioso ficará fechado por tempo indeterminado.
O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, que já renunciou ao cargo, informou que vai viajar para a cidade para acompanhar o caso. O Ministro do Interior, Gerald Darmanin, também deve viajar nas próximas horas para a cidade de La Grande Motte.
O presidente do Conselho Representativo das Instituições judaicas da França (CRIF), Yonathan Arfi, condenou o suposto ataque e declarou que foi uma “tentativa de mata judeus”.
“O uso de botijão de gás em um carro no momento em que os fiéis deveriam chegar a uma sinagoga não é simplesmente incêndio criminoso, não é simplesmente atacar um prédio, um local de culto, é vontade de matar“, declarou ele em entrevista coletiva.
Em maio deste ano, a sinagoga de Rouen foi incendiada por um homem que acusava os israelenses pela morte de centenas de palestinos na Faixa de Gaza. O suspeito foi morto pela polícia francesa.
Os países europeus elevaram em outubro do ano passado o estado de alerta, em decorrência da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
Segundo dados oficiais do governo francês, foram registrados no primeiro semestre de 2024, 887 atos antissemitas na França, três vezes mais do que no mesmo período de 2023.
Com informações das Agências Brasil e Estado