O que antes poderia ser tratado como uma possibilidade, agora passou a ser imperioso. A partir do momento em que o presidente Jair Bolsonaro confessou possuir um Sistema de Informação Particular, municiado por agentes públicos – “um sargento, um capitão, um policial civil” – dos quais recebe informes via WhatsApp, inclusive vazamento de Operação de Busca e Apreensão contra um de seus filhos, torna-se fundamental a perícia em seu celular. Há dois pedidos nesse sentido encaminhados pelo ministro Celso de Mello ao procurador-geral da República, Augusto Aras, no bojo do Inq. 4831. Inquérito que investiga justamente vazamentos de informações da Polícia Federal para a família Bolsonaro. Cabe agora a Aras, ou mesmo à delegada Christiane Correa Machado, que preside a investigação, pedir ao Supremo autorização para vasculhar as mensagens que Bolsonaro diz ter recebido. Podem ser prova de crime. Provavelmente, confirmarão o que muitos suspeitam: a família Bolsonaro alimenta e é alimentada por milicianos. De todo o país. Como lembra Celso de Mello, o cargo de presidente da República não o impede de ser investigado e de fornecer material que sirva a uma investigação. Do contrário, estará cometendo crime de responsabilidade. Aquele que pode gerar um impeachment. A grande questão é como Aras se comportará. Vai se omitir na investigação das relações promíscuas de Bolsonaro?
Leia os detalhes e o que diz Celso de Mello em: https://marceloauler.com.br/fala-de-bolsonaro-obriga-a-pericia-do-seu-celular/