Neste domingo (06/09) é celebrado o Dia do Sexo. Aproveitando a data, a modelo Fernanda Cecília Trindade fez uma longa reflexão sobre este tema.
“O sexo que a gente faz no sábado à noite começa na segunda-feira de manhã. A transa boa do fim do dia. A vontade que surge na proximidade dos nossos corpos começa bem cedinho. Quando você acorda antes de mim e prepara uma água morna com limão, e eu saio para comprar um pãozinho fresco na esquina. A nossa transa boa começa com os olhos e com o silêncio, na leveza que a nossa convivência consegue manter. Faz parte dessa transa as risadas que a gente ainda sabe dar um com o outro, as pequenas gentilezas no cansaço da rotina. O nosso sexo é resultado dos dias que soubemos descansar o corpo e a mente, das noites que dormimos inteiras, das mãos que demos ao atravessar as ruas e os problemas“, filosofa a morena, que continua a falar do assunto:
“É bom como a frase ‘fica tranquila, vai ficar tudo bem!’. Naquele dia em que tudo desaba, e a gente não vê saída. A energia do nosso ato de fazer amor começa na gratidão que estamos aprendendo a sentir pelo universo. Na paixão que a gente preserva pela vida, no café preto que a gente senta na varanda pra tomar quentinho, segue pelo vinho tinto que gostamos de degustar numa quinta-feira monótona. Nosso fazer amor passa pelos filmes bobos que a gente assiste, pelas mudas de tempero que a gente plantou no quintal, pelos planos compartilhados, pela simplicidade que a gente soube voltar a ter nesse mundo. Nosso sexo é desnudo, é humano, é instintivo, é consequência de uma vibração boa, relaxada. Na nossa cama não tem dinheiro, carros caros, alugueis atrasados, não tem lingerie de luxo, atuações despropositadas. Na nossa cama a gente não deixa entrar ciúmes, celulares, forçação de barra. Às vezes tem um pinto mole e uma vagina seca. Às vezes tem ronco, mau hálito, sono profundo. Outras vezes tem luz boa da terça-feira de feriado, tem umas horas a mais pra não fazer nada, tem a primavera chegando e animando as nossas almas aventureiras“.
Fernanda acredita que o sexo é livre, simples e ousado.