Em meio à pandemia de coronavírus, governadores têm decretado medidas restritivas de mobilidade urbana que têm afetado o dia a dia de pessoas que trabalham em atividades consideradas essenciais.
O coordenador da FGV Transportes, Marcus Quintella, critica essa decisão. Para ele, a cidade não pode parar e as medidas têm causado um efeito maléfico para o combate da propagação do coronavírus.
“Quanto mais escassez de transporte público, mais gente se aglomera, seja no próprio veículo, ônibus, trem ou metrô, ou nos pontos, plataformas e estações, podendo causar superlotação. Menos frota de ônibus nas ruas não evitará aglomerações, pelo contrário, mais pessoas estarão esperando pelo transporte. A proteção e orientação aos motoristas de ônibus são fundamentais nesse momento. Os profissionais de segurança, da saúde, de supermercados e farmácias estão em operação, não podem ser punidos. Tudo tem que ser feito de forma planejada“, explica.
Quintella ainda ressalta que o passe livre, que já está bloqueado aos estudantes beneficiados, deveria ficar suspenso, para desestimular a circulação, dentre eles, dos idosos. “Tem que se criar empecilhos para o acesso aos meios de transporte público daqueles que devem ficar em casa”, finaliza.