A implantação de práticas de ESG (governança ambiental, social e corporativa) no Sistema Fiems é o tema de uma rodada de palestras e oficinas que acontecem ao longo desta semana no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande. O evento conta com dois convidados do Sistema Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará): a coordenadora do Núcleo ESG, Alcileia Sena de Farias, e o consultor para as áreas de comunicação e ESG, Francílio Dourado Filho. Ambos compartilham experiências bem-sucedidas de sustentabilidade junto à indústria cearense.
Segundo a coordenadora do Núcleo de ESG da Fiems, Cláudia Borges, um dos resultados esperados do encontro é a estruturação de um programa de certificação em ESG para Mato Grosso do Sul, como já existe no Ceará. Além disso, está prevista a criação de um comitê interno de sustentabilidade, para que as novas ações sejam construídas em linha com o planejamento estratégico da Fiems.
“A criação do comitê será importante para iniciarmos esse processo de construção de políticas, programas, levantamento de indicadores, com objetivo de formarmos a estratégia de ESG do Sistema Fiems, envolvendo a alta gestão e todos os colaboradores para alinhar iniciativas entre todas as casas”, disse Cláudia.
Esta é a segunda vez que Alcileia Sena de Farias vem a Mato Grosso do Sul para falar sobre ESG. Em março, a coordenadora do Núcleo ESG da Fiec palestrou sobre o tema durante a Convenção Fiems 2023. Alcileia reconhece que a Fiems está totalmente comprometida com a implementação da agenda de sustentabilidade no setor industrial, e destacou o potencial sustentável da indústria no Estado.
“Aqui na Fiems temos uma equipe de ESG bastante integrada e comprometida com a obtenção de resultados. Precisamos entender que o Brasil é um celeiro de práticas de sustentabilidade em várias frentes, com cada região trabalhando ao seu modo, dentro de sua cultura e com sua expertise. Não tenho dúvidas de que Mato Grosso do Sul vai fazer a diferença dentro da agenda ESG no país”, disse Alcileia.
Francílio Dourado Filho elogiou a iniciativa da Fiems em trabalhar para a implantação da cultura de sustentabilidade internamente e junto às indústrias sul-mato-grossenses.
“Vivemos um momento em que a economia mundial passa por um processo de descarbonização, e isso não significa apenas parar de usar petróleo em nossos processos produtivos e logísticos. Significa direcionar toda uma cultura para a sustentabilidade. Nada é sustentável se não for economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo”, pontuou Francílio.