A busca pela lycra amarela de líder do ranking segue nas desafiadoras ondas de Teahupoo, no Tahiti, na sétima etapa do Championship Tour (CT), da World Surf League (WSL), que tem início na quarta-feira (21) e tem o período de espera até o dia 1º de setembro. Atual vice-líder, o brasileiro Filipe Toledo adotou novamente a estratégia do ano passado, quando foi o terceiro colocado no evento. Chegou mais cedo para treinar e se adaptar melhor às condições do mar.
“Quero sair daqui como um excelente resultado de novo. Só assim, posso pensar em chegar no fim do ano com chances de brigar pelo título mais uma vez”, comenta. “Todo atleta sempre vai em busca do título, mas em algumas situações, ele precisa se adaptar mais do que em outras. O que quero mesmo é evoluir e buscar sempre me superar nestas condições”, destaca.
Segundo ele, o terceiro lugar em 2018 garante mais motivação para outra boa atuação neste ano. “Claro! Quero tentar outra boa colocação e, quem sabe, sair de lá com a lycra amarela”, diz o atleta de 24 anos, que está na vice-liderança na classificação geral (somando um segundo em Bells Beach, na Austrália, um quinto em Bali, na Indonésia, uma vitória em Saquarema, no Brasil, e um terceiro em J-Bay, na África do Sul), apenas 565 pontos atrás do norte-americano Kolohe Andino.
Para esta etapa de Teahupoo, ele fala do aprendizado que teve com os talentos locais para buscar outro bom resultado no Tour. “Técnica, posicionamento no outside, confiança, segurança. Acredito que sempre estamos em constante evolução e é sempre bom voltar com antecedência e treinar antes do evento começar”, afirma o surfista, que tem os patrocínios da Hurley, Oi, Monster, Nike, Oakley, Jeep, GoPro, SumBum, Smoothstar, Stance, Sharp Eye Surfboards e FCS.
Filipinho também chega com energias renovadas, depois de aproveitar um período de folga com a família, ao lado da mulher Ananda, e dos filhos Mahina e Koa, além dos pais e irmãos, em San Clemente, Califórnia/EUA, onde moram atualmente. “É sempre muito bom e importante estar junto da família, sempre que eu puder. Só quem tem, sabe disso. Sinto saudades deles, mas sei da importância de estar dedicado nos treinos e estar totalmente focado”, admite.
“Isso faz parte da vida de um atleta e fico seguro porque minha mulher sempre me apoiou e me incentivou, o que é fundamental”, complementa o atleta, que na etapa de Teahupoo está escalado na bateria 5, enfrentando o francês Joan Duru e o havaiano Tyler Newton, classificado pelas triagens.