Campo Grande (MS) – Em comemoração ao Dia do Cinema Brasileiro (19 de junho), o Museu da Imagem e do Som (MIS), da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), realiza no formato online, de 14 a 18 de junho, a Semana do Cinema Brasileiro. O evento tem parceria com o Curso Audiovisual Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Escola de Cinema e Belas Artes de Mato Grosso do Sul (CineCafé), Instituto Mamede – Pesquisa Ambiental e Ecoturismo e o Colegiado Estadual do Audiovisual.
Por meio da plataforma Zoom, na segunda-feira (14), às 8h, acontece o debate “Quem é quem no audiovisual de MS? ”, com a doutora em Meios e Processos Audiovisuais e professora do curso de Audiovisual da UFMS, Daniela Giovana Siqueira. Nesta reunião online, os participantes discutirão o papel das organizações civis e instituições públicas na produção audiovisual em Campo Grande.
No dia seguinte (15), às 8h, acontece a Mostra Cinema e Literatura de MS, com curadoria da coordenadora do Núcleo do Livro, Leitura e Literatura da FCMS, Melly Sena, da cineasta e coordenadora do MIS, Marineti Pinheiro e do crítico e professor de Cinema, Marcos Pierry. Eles apresentarão playlist de curtas-metragens realizados com recursos da Lei Aldir Blanc (Lei 14.017/2020) e disponibilizados no canal do Youtube da Fundação de Cultura de MS.
Com a proposta de refletir criativamente e criticamente a relevância do Museu da Imagem e do Som para a sociedade e os desafios impostos pelos avanços tecnológicos, o CineCafé e o MIS reabrem na quarta-feira (16), às 19h, o concurso “Repensar e reimaginar o MIS antes e pós-pandemia em imagens e sons”. Os selecionados receberão prêmio entregue em data e horário organizado pelo CineCafé.
“Iremos realizar uma live para falar com os interessados sobre direitos autorais e tirar dúvidas em relação à abordagem proposta nos materiais que concorrerão ao concurso como fotografias, vídeos, desenhos, storyboards e músicas que expressem o museu do futuro”, disse a presidente do CineCafé, Kezia Miranda.
No penúltimo dia da Semana do Cinema Brasileiro (17), às 19h, na página do Instagram da FCMS, haverá o Lançamento do Cine Aves 2021 com participação do secretário adjunto da Secretaria Estadual de Cidadania e Cultura (Secic), Eduardo Romero e a coordenadora do Instituto Mamede, Simone Mamede. “As primeiras edições do Cine Aves estavam relacionadas a Campo Grande, enquanto a Capital de observação de aves. Já nesta edição de 2021, haverá um diferencial com a ampliação do olhar cinematográfico para todas as aves de Mato Grosso do Sul com o tema “Aves em Imagens e Sons”, explicou Simone.
Para fechar a semana, acontece no dia 18, às 19h, o debate do filme “Limite”, do diretor brasileiro Mario Peixoto (1931). Com foco em “O Lugar de Limite na História do Cinema “, a professora do curso de Audiovisual da UFMS, Dra. Daniela Siqueira, o professor Marcos Pierry e o convidado especial, professor de História, Análise e Crítica da Universidade de São Paulo (USP), Rubens Machado, discutirão a importância da obra que possui 90 anos e teve a cópia cedida pelo Centro Técnico Audiovisual (CTAv).
Conforme consta na Cinemateca Brasileira, o filme Limite é considerado um dos primeiros filmes experimentais já realizados na América Latina, embora o termo ainda não estivesse em circulação na época, o filme provocou muita polêmica nas suas primeiras exibições e inclusive houve quebra-quebra durante a sua exibição. Acabou virando um mito, já que por muitos anos não foi exibido novamente.
Para a mediadora desse último evento, a ser transmitida na página do Facebook da Fundação de Cultura de MS, Marineti Pinheiro fala do filme, da diversidade das ações e da relevância dos debates da Semana. “Sempre somando atividades com parceiros incríveis, comemoramos o Cinema Brasileiro com esse filme experimental que celebra 90 anos de existência, com uma cópia gentilmente cedida pelo CTAv. Os debates com estudiosos também serão muito interessantes”, afirmou Marineti ao salientar a realização das atividades no formato online “respeitando as normas de biossegurança devido ao momento pandêmico que estamos vivendo”.