Filme do diretor Juan José Campanella abre Mostra de Cinema Argentino no MIS

Museu da Imagem e do Som (MIS) em Campo Grande (MS) – Foto: André Messias/FCMS

Museu da Imagem e do Som (MIS) em Campo Grande (MS) – Foto: André Messias/FCMS

Campo Grande (MS) – Foi aberta na noite desta segunda-feira (5) a Mostra de Cinema Argentino, no Museu da Imagem e do Som. O filme de estreia, “O mesmo amor, a mesma chuva”, do diretor Juan José Campanella, trouxe Ricardo Darín no papel principal.

O filme conta a história de Jorge (Ricardo Darín), que vive de escrever contos românticos para uma revista. Aos 28 anos, ele é uma jovem promessa da literatura argentina, mas não consegue se fazer notar. Uma noite ele conhece Laura (Soledad Villamil), uma garçonete que está à espera do namorado, do qual não tem notícias desde que ele partiu para o Uruguai alguns meses antes. Jorge e Laura ficam muito unidos e a moça, ciente do grande talento do rapaz, tenta convencê-lo a partir para a literatura propriamente dita. Com o tempo a relação vai se desgastando e eles acabam rompendo. É mostrada a trajetória dos dois personagens ao longo de duas décadas, com suas alegrias, desilusões e esperanças.

Pietro Luigi, curador da Mostra de Cinema Argentino – Foto: André Messias/FCMS

Pietro Luigi, curador da Mostra de Cinema Argentino – Foto: André Messias/FCMS

O curador da Mostra, Pietro Luigi, esteve presente e disse que O mesmo Amor, a mesma chuva, é o único filme que ele repetiu, nesses cinco anos de parceria com o MIS. “Sempre tento pegar filmes contemporâneos e clássicos. No caso do cinema argentino, os filmes mais recentes acabaram ficando mais interessantes, você vê a evolução. O filme de hoje é o único que estou repetindo, porque o pessoal gostou muito, da primeira vez em que foi exibido”.

Pietro diz que uma das principais características do cinema argentino é o bom humor. “Um drama com bom humor, combinado com a trilha sonora, geralmente uma mistura de um pouco de tango com pop. O filme de estreia é uma história de amor, numa ótima atuação dos atores e um roteiro muito inteligente”.

Higor Felipe de Matos Müller – Foto: André Messias/FCMS

Higor Felipe de Matos Müller – Foto: André Messias/FCMS

Sentado na primeira fileira, o servidor do Ministério Público, Jader Melo, ficou sabendo da Mostra porque segue a página do MIS no facebook, e também é amigo do curador. “Gosto do cinema argentino, dos filmes da América Latina prefiro os argentinos. A gente tem mais acesso. Conheço o trabalho do Ricardo Darín, tenho uma lista de filmes dele que tenho para assistir. Que o MIS continue com essas atividades. Quando tem uma mostra, eu sempre venho em pelo menos um dia da semana”.

Higor Felipe de Matos Müller também ficou sabendo da Mostra pelas redes sociais. “Eu sempre venho no CineMIS, e muita gente acaba convidando, compartilhando. Acho interessante os filmes das mostras, porque no dia a dia acabamos não tendo contato, o MIS disponibiliza filmes diferentes, para ter contato com essas produções. Assisto filmes para saber qual a proposta do momento. Acabou me atraindo a sinopse do filme de hoje. Eu tento absorver as características do cinema argentino assistindo aos filmes, mesmo que previamente eu não conheça”.

Giovani Marzorati, artesão italiano – Foto: André Messias/FCMS

Giovani Marzorati, artesão italiano – Foto: André Messias/FCMS

O italiano Giovani Marzorati é artesão e também trabalha no comércio. Depois de décadas de idas e vindas entre a Itália e o Brasil, acabou por se estabelecer aqui, há pouco tempo. Seu primeiro filho nasceu no Brasil, há 33 anos. Ele diz não conhecer muito do cinema argentino, e veio para acompanhar o Pietro Luigi, com quem divide apartamento, e também para mudar a rotina. “Gosto de cinema. Acho que este é o segundo filme argentino que vou ver. É bom levar a cultura de outros países para as pessoas”.

Os amigos Laís Sant’Ana Paradiso, advogada, e Rubens Armoa Lopes, analista de sistemas, ficaram sabendo pelo facebook e decidiram comparecer. Eles são amigos há mito tempo e conhecem o cinema argentino “de leve, não profundamente”. “Uma amiga jornalista uma vez me indicou uns filmes argentinos que eu assisti. Eles têm uma pagada mais intensa, mais pé no chão, um lado mais humano e intenso das pessoas”, diz Rubens. “Acho muito interessantes essas mostras do MIS, pois é cultural, é gratuito, basta ter acesso à divulgação, aos horários dos eventos, o horário é bacana e não impede a maioria de comparecer”, diz Laís.

A Mostra continua hoje com o filme O Crítico, com direção de Hernán Guerschuny. As exibições vão até sexta-feira, sempre às 19 horas. A entrada é franca.

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