A Ford revelou seu novo SUV na Alemanha, o Puma, resgatando o nome usado originalmente por seu famoso cupê da década de 1990. As vendas na Europa estão marcadas para o final deste ano.
O modelo nada mais é que um SUV do Fiesta, compartilhando a plataforma B – assim como o EcoSport. Ao que tudo indica, o nosso Eco brazuca não agradou ao público de outros mercados e pode até ser substituído pela novidade.
Lembrando que lá fora a Ford tem outras opções de utilitários que não são vendidos por aqui, como o Kuga (que virá, mas com o nome norte-americano Escape) e o híbrido plug-in Explorer, além dos crossovers Fiesta Active e Focus Active.
Não confirmado no Brasil, onde concorreria com SUVs médios em preço, o novo Puma vai apostar em tecnologia, segurança e motor mais moderno para compensar o tamanho compacto. O comprimento é estimado em 4,19 metros pela imprensa estrangeira. Sem o estepe, o EcoSport tem 4,09 m — exatos 10 centímetros de diferença —, é o pneu na traseira que faz o pequeno SUV chegar a 4,24 m. O tamanho extra garantiu porta-malas de 456 litros.
Uma série de equipamentos de ponta podem ser encontrados no modelo, como controle de cruzeiro adaptativo com Stop & Go, que freia e acelera conforme a movimentação do veículo da frente.
Há ainda assistente pré-colisão que reconhece pedestres, assistente de estacionamento semiautônomo, painel de instrumentos digital customizável com tela de 12,3 polegadas, central multimídia Sync3 compatível com Apple CarPlay e Android Auto, entre outros.
Em termos de design, o carro tem uma grande grade dianteira característica de outros modelos da marca e conjunto óptico com iluminação de LEDs. Na traseira, o para-choque robusto é bem vincado e traz luzes de neblina incorporadas, enquanto as lanternas se estendem da tampa do porta-malas até as laterais.
Sob o capô, mais novidades: o Puma será equipado com a tecnologia híbrida leve, que substitui o alternador por um sistema elétrico de 48 volts, capaz de fornecer torque extra ao motor nas acelerações, economizar combustível e diminuir emissões de poluentes. É como o Classe C200 EQ Boost.
Serão oferecidas duas versões com motor EcoBoost 1.0 turbo de três cilindros, de 125 cv e 155 cv – a promessa é de que a primeira rode até 18,5 km/l e a segunda, 17,8 km/l.
Outro diferencial do motor a combustão é a desativação de um dos cilindros quando a potência total não é necessária, como em velocidades de cruzeiro e desacelerações. O sistema é acionado ou desligado em 14 milissegundos.
Ambas as versões podem ser aliadas a um câmbio manual de seis marchas ou um automático de sete. Opções a diesel e câmbio de dupla embreagem estão previstas para linha mais adiante.
Não há previsão da vinda do Puma para o Brasil, apesar de a plataforma B ser velha conhecida nossa. Seria uma alternativa mais moderna ao EcoSport, que já apresenta sinais de cansaço e as vendas já não são mais tão expressivas quanto antigamente.
Em breve, Territory e Escape desembarcarão no Brasil, mas isso não deve acontecer neste ano. A Ford pretende ainda trazer o Maverick, um SUV também médio, porém voltado ao fora de estrada. O plano é fazer uma escadinha de preços e dominar um segmento abaixo dos R$ 200 mil — o Edge ST é vendido por elevados R$ 299 mil.